O movimento estético do minimalismo tem tido grande importância na arquitectura contemporânea. Muitas das grandes obras de arquitectura dos últimos tempos têm recorrido ao despojo de elementos estilísticos, decorativos ou de formalismos exuberantes para afirmar de forma mais evidente a sua personalidade e qualidade espacial. O ultra minimalismo, tal como o nome indica, é o extremar desta situação minimal.
A Casa F, desenhada pelo arquitecto japonês Kubota não só é minimal nas formas, elementos decorativos e espacialidades mas também nos conceitos que defende ou até no próprio nome do projecto.
De uma absoluta simplicidade, esta obra impressiona pelo enorme vazio de artifícios arquitectónicos. Com superfícies lisas, paredes nuas, materiais brutos, fenestrações assumidas, caixilharias evidentes e purismo formal e cromático o ambiente a lembrar a simplicidade dos antigos mosteiros cistercienses do início dos tempos impacta fortemente quem vê as imagens.
Uma serenidade e harmonia tão gritantes quanto o silêncio.
É sem dúvida uma excelente obra de arquitectura cujo seu Ultra Minimalismo se torna num "Brutalismo" virtuoso e raro.
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