Uma das mais prestigiadas e mediáticas marcas de luxo do mundo chegou este mês a Lisboa - a Prada.
Fundada em Milão em 1913 por Mario Prada, avô de Miuccia Prada (actual directora criativa da marca), era na altura uma loja exclusiva na prestigiada Galleria Vittorio Emanuele II, que se dedicava a vender carteiras em cabedal, malões, estojos e acessórios de luxo. Ainda parte da história faz parte o ano de 1919, em que esta marca foi nomeada Fornecedora Oficial da Casa Real Italiana, passando a poder integrar o escudo e os nós da Casa de Sabóia no seu logótipo.
Mas a actual etapa global da marca começa apenas no final dos anos 1970s, quando Miuccia Prada e Patrizio Bertelli iniciaram a sua colaboração com a marca, lançando as bases da expansão internacional da marca.
Com um controlo de qualidade intensivo em todo o processo produtivo, desde a escolha dos fornecedores de matérias-primas, até ao ponto de venda, passando pelo design sempre inovador e respeitador de uma tradição estética da marca, baseada na busca de soluções inovadoras para os problemas e objectos do quotidiano (grande perícia de Miuccia Prada), actualmente a Prada é considerada como uma das 100 marcas mais valiosas do Mundo.
Em respeito por um gosto e grande tradição familiar de ligação da família Prada às artes, neste novo milénio a marca expandiu o seu branding a uma nova abordagem às vendas e ao retalho. Conforme refere Rem Koolhas "Luxury is not about shopping".
É no seguimento desta ideia que a marca lança uma nova lógica de retalho - os Epicentros. O primeiro a abrir foi o muito mediatizado Epicentro de Nova Iorque.
Esta loja, projectada pelo famoso arquitecto holandês Rem Koolhas, deu a volta à forma como se compra. A espacialidade da loja foi elevada ao nível mais importante, o produto torna-se uma consequência duma vontade criativa da marca, que se encaixa nesse espaço que vive só por si.
Esta loja, que foi aberta apenas três meses depois do 11 de Setembro de 2003 fez um tal sucesso, que a marca não tardou a contactar os também mediáticos Starquitectos Herzog & De Meuron para projectarem o segundo Epicentro Prada: o de Tóquio.
Depois da abertura nipónica em 2003, em 2004 abre o segundo epicentro em solo americano, o segundo a ser projectado por Rem Koolhas e o terceiro da marca: o Beverly Hills Epicenter.
Três lojas que se tornaram o Epicentro da política comercial da marca. Três magníficas obras de arquitectura (como se vê pelas fotos). Três razões para que a política de ligação da marca às Artes se aprofundasse ... e aprofundou!
Mas dessas novas aventuras falaremos amanhã ... até lá, propomos aos nossos leitores uma visita à nova Prada de Lisboa, e testemunharem parte do que aqui foi dito.
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