PRADA - DO DESIGN À ARTE


Tal como ontem anunciámos, neste fim-de-semana dedicado à nova marca de luxo em Portugal, a Prada, hoje vamos trazer aqui as principais obras de arte encomendadas/sponsorizadas pela marca.

Desde 2007 que Miuccia Prada (directora criativa da marca) aposta no cinema e no seu envolvimento com as artes como uma forma de alargar o território da marca. Assim, desde então que a marca constituiu uma fundação que tem encomendado obras a nomes da arte contemporânea, por forma a formar o seu espólio com obras valiosas e únicas.

Esta Fundação Prada, com sede em Milão, terá o seu museu aberto nas comemorações dos 100 anos da marca, em 2013. Com projecto de Rem Koolhas (o arquitecto holandês cujo entendimento conceptual com a marca tem sido constante) esta Fundação pretende-se assumir como principal centro de arte moderna da cidade italiana.



Mas o território artístico onde a marca mais tem apostado é o cinema. Em 2007 Miuccia Prada, juntamente com James Lima (famoso anos mais tarde como criador dos Avatars de James Cameron), produziu uma curta-metragem para apoiar a divulgação da sua colecção Verão 2008 - Trembled Blossoms.

O êxito foi tão grande que não tardou a surgir uma nova animação na estação seguinte. Também sob a batuta de James Lima, o estilo Prada deu uma volta completa, mas a animação voltou a ser uma das peças fundamentais para espalhar o estilo da marca pelos seus clientes e potenciais consumidores.



Foi uma estratégia que se provou correcta e profícua. Desde então a marca, todas as estações tem produzido uma curta-metragem para acompanhar, nos circuitos culturais, a comunicação das suas diferentes propostas de tendência.

Mas a ligação da Prada teve um novo momento alto em 2009 com o projecto Prada transformer (do qual demos aqui notícia na altura). Pela primeira vez uma marca de luxo de dimensão mundial, apostou na capital coreana, para implementar um projecto de impacto artístico mundial.


Projectado por Rem Koolhas ("Who else, when we are talking about Prada?" referiu o CEO da marca, Patrizio Bertelli, na sua passagem por Lisboa), o edifício foi pensado para ter várias funções, mas essencialmente para poder ser rodado tridimensionalmente e como tal adaptar-se a elas.

Primeiro foi uma sala de exposições, depois uma sala de cinema (que albergou um festival de cinema, afirmando definitivamente, se dúvidas houvesse, a ligação da marca à 7ª Arte), em seguida transformou-se numa sala de desfiles (onde a Prada apresentou mundialmente a sua colecção) e no final num local de experimentação, onde alunos de design e arquitectura de Seul puderam experimentar e desenvolver ideias com o starquitecto do projecto.



Mas a ligação da Prada ao cinema continua, conforme o novo filme do realizador chinês Yang Fudong testemunha. Com "First Spring" a marca comunica a colecção masculina que sai agora das lojas - Verão 2010.

A colecção Inverno 2011, já apresentada em passerelle, também tem o seu filme de curta-metragem. Para já aqui ficam alguns dos filmes que esta marca produziu, não só com a vontade de comunicar o seu produto e marca, mas essencialmente de comunicar a sua tendência e território criativo.



Antes da curta de Karl Lagerfeld, antes do pequeno documentário de Heidi Slimane, ou mesmo antes da viragem de carreira de Tom Ford da Moda para o Cinema, já esta marca italiana e Miuccia Prada se dedicavam a cruzar territórios entre a Moda e o Cinema.

Pensamos que numa semana em que inaugura o Estoril FashionArt Festival (onde vamos estar a fazer a cobertura, já a partir de 4ª feira), este é um exemplo e um testemunho importante da forma como a Moda e outras Artes se cruzam e tocam.

Foi um prazer adicional fazer estas pesquisas e mais ainda partilhá-las convosco.

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