No ano do seu 20º aniversário, a Colors decidiu dedicar a sua edição nº 79 aos coleccionadores.
O hábito de coleccionar objectos remonta à época pré-histórica e sempre esteve intimamente ligado à satisfação que retiramos de juntar artigos que nos deliciam. E estes objectos de desejo, procurados, cobiçados, trocados, tornam-se assim num pretexto para uma viagem à história do design, das artes gráficas e da produção industrial, mas também aos hábitos, aos interesses e às necessidades do ser humano.
E não se pense que as colecções se resumem a selos, relógios ou pacotes de açúcar, as mais comuns. Como poderá ver ao longo de várias reportagens na revista Colors, existem coleccionadores de todo o tipo de objectos.
Há quem, como Becky Martz, americana de 61 aos, coleccione as etiquetas aplicadas nas bananas disponíveis no mercado. Um objecto efémero, feito para ser deitado no lixo, mas que se catalogado e organizado, adquire um valor estético e pode até parecer bonito.
Ou Jens Veerbeck, alemão de 43 anos que, cativado pelas diversas formas e mecanismos de virar o pão, tem em casa cerca de 600 torradeiras velhas.
A inglêsa Patti Gaal-Holmes, por sua vez, organiza os sacos de chá usados. Segundo Patti, a recolha é uma espécie de registo dos consumos pessoais e cada saco uma “cápsula do tempo” plena de recordações.
Esta edição “revista que fala do resto do mundo” inclui ainda uma entrevista com Martin Parr, célebre fotógrafo inglês e coleccionador de livros, postais, relógios e relíquias políticas.
A Colors 79 “Collector” foi organizada pelo designer francês Sam Baron e estará disponível no mercado em meados de Dezembro.
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