Tal como o planeado, o dia de hoje foi dedicado à conquista final de Paris e à descoberta de uma cidade contemporânea e arrojada. Com tal objectivo a primeira paragem só poderia ser uma das mais espectaculares e menos meidáticas obras dos Grands Traveaux levadas a cabo pelo presidente Miterrand: A Biblioteca Nacional de França.
Alguns chamaram ao Presidente Faraónico, outros Napoleão, mas o que é um facto é que deixou cinco obras impressionantes que marcaram uma nova era na capital francesa: a Pirâmide do Louvre, Musée d'Orsay, Grand Arch de La Defense, Ministério das Finanças, Opera da Bastille, Parc de La Vilette, Institut du Monde Arabe e Nova Biblioteca Nacional de França. Foi este último edifício (que actualmente tem o nome do antigo presidente - Biblioteque François Miterrand) que escolhemos para começar o dia e percorrer uma cidade contemporânea e menos conhecida.
A dimensão, o equilíbrio, a simplicidade e a sofisticação do projecto assinado por Dominique Perrault conferem a esta obra um lugar bastante especial no roteiro da Paris Moderna. Continuámos para outra obra de modernidade pouco conhecida, mas igualmente elegante e interessante - a ponte Simone de Beauvoir.
Desenhada pelo arquitecto austríaco Dietmar Feichtinger, esta ponte pedonal liga a Biblioteca Nacional de França ao moderno e muito bocólico Parc de Bercy. Ondulante, esta "Passerelle" (como lhe chamam os parisienses) é um elemento de grande engenho, contemporaneidade e elegância no capítulo das Pontes sobre o Sena.
Chegados ao Parc de Bercy caminhamos lentamente por entre canteiros bem tratados, um desenho pasiagístico moderno e um ambiente de inicio de Primavera notório.
Foi um passeio agradável em direcção ao nosso próximo destino que nos troxe mais uma faceta de uma Paris contemporânea: o Bercy Village.
Este conjunto de antigos armazéns do porto do Sena foi reconvertido num pequeno centro comercial a céu aberto com várias esplanadas e lojas contemporâneas. É agradável, sofisticado, tem uma população de residentes e sente-se o discreto charme parisiense dos tempos que correm.
De metro seguimos directamente para o lado oposto da cidade e chegámos ao expoente máximo da cultura urbana e contemporânea artística da capital francesa: o Palais Tokio.
Este museu, dedicado à arte avançada e a instalações efémeras de artistas que arriscam ideias com significado é um pólo dos mais desafiantes da cidade.
Nesta capital dos museus, o Palais Tokio tem sem qualquer dúvida um papel de dianteira na vanguarda museológica e artística da cidade. É um conceito de museu bastante sofisticado, cheio de gente Branché (ou trendy, en inglês) e sempre com surpresas e novidades à espera de quem lá vai. Nesta Paris contemporânea, urbana e Moderna ... este é um ponto de visita obrigatório!
Depois de uma visita e de uma ida até à livraria, onde nos perdemos no meio de tantos títulos interessantes e originais, aproveitámos para almoçar e dirigimo-nos ao Tokio Eat (o restaurante do próprio centro de exposições).
Aqui o ambiente é verdadeiramente selecto, sofisticado e ultra moderno. Desde a decoração moderna, até ao serviço com um pequeno toque de distância (que por volta da sobremesa se torna mais informal, pois o empregado já nos conhece), passando pelo menu ... tudo é pensado ao milímetro.
A cozinha ... essa é equilibradamente inteligente e bem feita. Para um almoço de domingo, tardio, moderno, de gastronomia francesa, rodeado da jovem e intelectual sociedade parisiense, este, definitivamente, é o local ideal. Em termos de ementa optámos por uma entrada de alcachofras com parmesão, frango caramelizado com arros de limão e como sobremesa uns macarrons caseiros do Tokio Eat. Não podia ter sido mais contemporâneo e perfeito!
De saída do Palais Tokio, virámos à esquerda e decidimo dirigir-nos ao último capítulo da Paris Moderna. O primeiro e derradeiro símbolo de uma nova Paris - a Torre Eifel.
A apenas trezentos metros, este que é o monumento mmais famoso de Paris encerrou este nosso percurso dedicado a um Paris Moderno. Tendo sido contruída para ser o símbolo da Exposição Universal de Paris de 1889, na altura foi uma imensa demonstração de vanguarda, de inovação e de utopia urbana. Foi o primeiro símbolo de uma Paris Moderna, no despontar da época industrial ... por isso encerra este nosso percurso por uma Paris Moderna.
A "Dama de Ferro" continua actualmente a ser um deslumbre de técnica, elegância e magestade arquitectónica. Assim terminamos este percurso dedicado a um Paris Moderno ... mas ainda nos falta a etapa final - o Desfile Triunfal!
Mesmo ao final da tarde, e depois destes dois dias À Conquista de Paris, rumamos ao nosso percurso final. Na véspera de partirmos em direcção à Normandia e à cidade de Caen (onde os aliados desembarcaram na segunda guerra mundial), fomos ao local onde os Aliados fizeram a entrada triunfal em Paris - o Arco do Triunfo e descemos os Champs Elisées.
Este é o encerramento simbólico desta nossa primeira etapa da escapadela europeia. Assim da Etoile (rotunda onde se situa o Arco do Triunfo), fomos descendo os famosos Campos Elísios e entrado, à esquerda e à direita nas melhores e mais atractivas lojas.
De realçar a presença de várias grandes marcas de carros, com os seus Ateliers. O nosso destaque vai para o Atelier Citroën e para o Atelier Peugeot (na foto). As marcas de automóveis, usam estes espaços para exibirem aos muitos milhares de visitantes as suas últimas novidades, numa postura de marketing de marca puro. Espaços ultra produzidos e que não vendem um automóvel ... apenas vendem a marca!
Este desfile triunfal terminou, não na Prace de La Concorde (como seria de esperar), mas antes noutro símbolo da cidade ... e com bem mais estilo.
Chegados à rotunda de Franklin Roosevelt desviámos para a muito Chic Avenue Montaigne e virámos à esquerda na singela Rue François 1er. Aqui terminámos a nossa conquista parisiense em frente ao nº15 - a Casa Christian Dior.
Não podíamos deixar de terminar este desfile triunfal final em Paris que não fosse na mítica casa parisiense e que ainda é um dos locais mais selectos de toda a capital francesa. Antes de partir para a Normandia ... este foi o final perfeito!
Desfile triunfal terminado e fomos jantar. Aqui decidimos também ir a um dos locais mais em voga no momento - o Café Germain. Propriedade dos Irmãos Costes (famosos pelos vários locais de culto que nos últimos 20 anos têm dado à Cidade Luz), esta é a sua mais recente abertura - um restaurante/bar moderno que cruza um ambiente retro-arty, com o tradicional Bistrot de Saint Germain des Prés (nº25/27 da Rue de Buci).
Este é um local com uma frequência despreocupada mas ultra-requintada, uma cozinha simples mas bem executada (aqui na imagem está a sobremesa Semi-frio de Frutos Silvestres), uma decoração exímia e sem mácula (ou não fosse este um espaço que foi inaugurado no passado mês de Setembro, pelos Irmãos Costes).
Foi o final perfeito para esta estada Parisiense e que nos embala em direcção ao TGV logo de manhã em direcção à Normandia e à cidade de Caen. Conforme o prometido vamos fazer o percurso inverso que os aliados fizeram na reconquista de Paris. Nós como já conquistámos paris ... agora vamos percorrer as restantes etapas até aos areais normandos.
Nós e os nossos leitores! ... Porque amanhã estarão aqui todos os detalhes de mais um dia de viagem em directo aqui no ... And This is Reality!
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