23.00 h
Com um traço muito marcado pelo movimento da Art Noveau e pela pintura de Gustav Klimt, que assinou inúmeros retratos controversos e icónicos das senhoras da alta sociedade de Viena, Nuno Baltazar apresenta-nos uma colecção que espelha a dualidade entre o urbanismo assumido das imagens e os looks mais trendy e sofisticados.
Com propostas loose, encaixes geofórmicos e com muito ênfase na perspectivação das peças, o designer faz uso de uma paleta tangente aos tons terra, rasgada pela frieza das cores de chumbo, carvão, cinzas e marinhos.
As silhuetas anatómicas coexistem enriquecidas pelo uso pontual de ouro e brilho, combinados com materiais como a lã compacta, cetim, paillettes metalizadas e tules.
Os acessórios escolhidos pelo designer – principalmente cintos e pulseiras - reforçam o look de inspiração Art Noveau desta colecção a que Nuno Baltazar chamou, tão simplesmente, “Portraits”.
E foi desta forma que terminou o terceiro dia de desfiles da ModaLisboa. Amanhã há mais…
22.00 h
A colecção Outono Inverno 2011/2012 de Maria Gambina é, sem dúvida, uma das mais aguardadas deste terceiro dia de desfiles.
Take Me Home foi o mote da designer para construir uma colecção jovem, confortável e bastante colorida. Os padrões assentam sobretudo em riscados e xadrez. Destaque ainda para o uso do tapete de Arraiolos.
A colecção feminina varia entre o oversize e o right size. Para a criação da colecção masculina a inspiração veio do mundo da música: Mick Jagger. O lendário vocalista dos Rolling Stones e o ambiente londrino foram o mote para criação de peças como camisolas grossas de lã e compridas, pullovers em bico, camisas Oxford e cachecóis de xadrez.
O último desfile da noite tem a assinatura de Nuno Baltazar. Até já…
21.00 h
Valeu a pena esperar para ver “Povo das Estrelas”, uma colecção que resgata um dos mais antigos binómios da humanidade: a fusão entre o material e o espiritual, das civilizações da terra e do céu.
Com uma identidade imagética que recupera os icones das tribos índias norte-americanas e os catapulta para o transcendentalismo dos povos celestes, esta colecção de Alexandra Moura ganha vida em silhutetas que condensam formas, materiais, cortes e cores fortes e inocentes, doces e bélicas, infantis e sábias.
As cinturas mais descaídas, os jogos entre formas geométricas, os detalhes subtis e pouco óbvios, a mistura de materiais e as sobreposições de peças são uma das imagens de marca desta colecção da designer.
Maria Gambina é a senhora que se segue… Voltamos já para lhe contar todos os detalhes.
20.00 h
Novamente de regresso ao Pátio da Galé, segue-se a apresentação da Lanidor.
Na exploração do ponto de equilíbrio entre as cores frias e quentes, o orgânico e a construção, mas com a elegância clássica de sempre, esta prestigiada marca nacional traz-nos uma colecção sustentada por feltrados, duplas faces e tecidos leves.
A triologia branco, preto e vermelho escuro, apresenta-se em fluidas e femininas silhuetas onde luxo e elegância são palavras de ordem.
Com o cair da noite o recinto da ModaLisboa começa a ficar lotado. À nossa frente já está uma fila interminável para assistir ao desfile de Alexandra Moura. Sem esperas, dentro de alguns minutos trazemos-lhe o melhor deste desfile.
19.00 h
O Oriente e o Ocidente encontram-se nas formas e galopam silhuetas recriadas pela mão hábil de Lidija Kolovrat.
Ao mesmo tempo que cá fora nas ruas de Lisboa os protestos dos jovens aconteciam, também na passerelle os manequins foram convidados a deixar o seu testemunho em forma de pintura nas paredes e colunas.
Vários layres, sobreposições, recortes, novo e usado dominam a relação entre o triângulo e o círculo naquela que é assumidamente uma nova forma de linguagem corporal.
Matizados e coloridos – verdes, laranjas, encarnados, azuis e amarelos -, silhuetas definidas são sustentadas por lãs e sedas, muito pêlo e pela sofisticação das superfícies de pele atapetada.
Estamos em cima da hora para garantir um lugar na primeira fila para assistir ao desfile da Lanidor. Fique por aí que voltamos já.
18.00 h
O designer sérvio está de novo nas passerelles da ModaLisboa com a ousadia com que tem vindo a presentear o público português.
Numa lógica de continuidade com o que tem apresentado no passado, a colecção Outono/Inverno 2011 de Aleksandar Protic aposta este ano num jogo mais ousado e improvável entre tecidos nobres e tecidos desportivos, como as sedas e a pele conjugadas com a lã e o algodão em preto e nude.
Vamos dar um pulinho ali ao lado ao Mude para lhe contar tudo sobre o desfile de Lidija Kolovrat. Acompanhe-nos…
17.00 h
Regressamos ao Pátio da Galé para assistir ao desfile de Filipe Faísca que teve um início orgásmico.
“Bom dia tristeza, dificilmente desfigurada” é o ambiente clássico e nostálgico que Filipe Faísca recuperou para a sua colecção de Outono/Inverno 2011.
Esta colecção remete-nos para um ambiente mais primitivo e assenta num jogo de padrões clássicos, com riscas de giz e xadrez, misturadas com pêlo na colecção masculina.
Pretos, cinzas, areia, castanhos, dourados e prateados sobressaem numa paleta que mistura ainda a lã fria e o feltro com o cabedal a mousseline e crepe de china em seda.
Destaque para a presença da actriz Maria João Bastos que, no momento dos aplausos, saiu da passerelle ao colo do criador. Segue-se a colecção de Aleksandar Protic. Quer vir dar uma olhadela?
15.45 h
E tal como prometido, aqui estamos nós em directo da passerelle do Mude para lhe trazer as novidades de tudo o que se passa nos dois recintos da ModaLisboa.
A fábula e o real, a luxúria e a moralidade, a cidade e a floresta encontram-se num ponto criado entre dois mundos: o real e o imaginário.
Contrastes e paradoxos, geometria e assimetria coexistem harmonicamente nesta colecção de Ricardo Andrez marcada pela contemporaneidade.
Milhares de cubinhos de madeira, formas cheias de ritmo, cotoveleiras e muitos zippers de metal transportam-nos para um mundo real e urbano e contrastam com os cinza, cremes e azuis que acentuam a quietude e a tranquilidade.
Estamos de partida novamente para o Pátio da Galé onde Filipe Faísca já se prepara para nos trazer as novidades da sua colecção. Fique ligado no …And This is Reality!
15.00 h
Estamos de regresso ao ambiente da ModaLisboa mas agora num novo cenário.
A passerelle Lab está, este ano, instalada em pleno Museu do Design e da Moda, aqui bem ao lado na rua Augusta. Para além dos desfiles, o Mude acolhe ainda três exposições da autoria de Aforest Design (na foto); Lara Torres e Valentim Quaresma.
Respeito pela natureza é o tema de Aforest Design. Thebirdwatchers apresenta-se como uma colecção de produtos, acessórios e algumas peças produzidas em burel, numa homenagem clara à matéria-prima nacional. Liberta de pormenores, os tons da Serra da Estrela predominam nesta colecção. Verdes, cinzentos, branco e mel brilham num ambiente em perfeita harmonia com a natureza.
“Um guarda-roupa impossível para o invisível” é uma abordagem experimental onde cada peça é única e irrepetível. Num uso perfeito do audiovisual, Lara Torres apresenta gravações de 7 performances onde o tema é a criação de peças de vestuário temporárias onde cada uma delas foi criada com o único propósito de ser destruída.
A alquimia é uma das mais antigas paixões do homem. A riqueza e a vida eterna, dois dos maiores desejos da humanidade. Valentim Quaresma procura recriá-los com recurso a metáforas que interligam ciências como a química, a filosofia, a magia, a astrologia e a religião.
Das exposições passamos à passerelle onde dentro de poucos minutos Ricardo Andrez nos vai apresentar a sua colecção. Voltamos já com todas as novidade.
00.00 h
Deixamos para trás três maravilhosos desfiles, Luís Buchinho, Katty Xiomara e Ana Salazar, e arrancamos já para o terceiro dia em directo da ModaLisboa.
Mas a despedida dura pouco … Daqui a algumas horas regressamos para lhe apresentar algumas exposições e uma verdadeira maratona de desfiles: Ricardo Andrez; Filipe Faísca; Aleksandar Protic; Lidija Kolovrat; Lanidor; Alexandra Moura; Maria Gambina e Nuno Baltazar.
Dedique este seu fim-de-semana à moda e siga todos estes desfiles em primeira mão aqui no seu blogue favorito.
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