A nossa Páscoa, aqui no … And This is Reality, está repleta de ovos. Quer sejam os deliciosos ovos de chocolates embrulhados em coloridas folhas de alumínio ou os ovos verdadeiros que pintados são um dos modos de festejar este feriado.
Mas estes não são os únicos ovos que a Páscoa inspirou. Ao longo dos anos o conceito de enfeitar este alimento que passa tão despercebido no nosso dia-a-dia foi evoluindo, criando alguns ovos que são verdadeiras manifestações de arte.
As obras de design em forma oval mais conhecidas em todo o mundo, são muito provavelmente, os ovos Fabergé.
Em 1885, o Czar Alexandre III pede ao joalheiro Peter Karl Fabergé uma jóia em forma de ovo para oferecer à sua mulher, a Czarina Maria Feodorovna, no festejo da Páscoa. A Czarina ficou tão apaixonada pela beleza da jóia, que ao longo de 10 anos o Czar a presenteou com um ovo Fabregé. Com a morte de Alexandre III, o seu filho Nicolau II persistiu com esta tradição, fazendo-o durar até 1917, ano da queda do Império Russo.
Os ovos Fabergé são peças com cerca de 13 centímetros, feitas de metais preciosos como a platina a prata, o ouro, níquel ou cobre, e decorados com pormenorizados desenhos e pedras preciosas como o quartzo, o rubi, diamante, ágata, jade e lápis-azul. Dentro dos ovos havia também pequenas miniaturas surpresa fabricadas de metais preciosos e ornadas de jóias.
Estas características fazem dos ovos Fabergé peças de design únicas, de beleza indescritível e preço exorbitante. Fazendo assim estes ovos o alvo de desejo de coleccionadores de todo o mundo.
Originalmente na Ucrânia, mas um pouco por toda a Europa de Leste, os ovos da Páscoa ganharam um novo nome: Pysanka. Estes ovos são decorados com desenhos tradicionais Ucrânianos, e usam uma técnica no seu fabrico à base de cera de abelha.
O maior ovo da Páscoa do Mundo tem 9 metros de altura e é um Pysanka. Foi construido em 1975 para comemorar a chegada dos Ucranianos ao Canadá, onde permanece ainda na cidade de Vegreville.
Este ovo é reconhecido pelo mundo, não só por ser uma verdadeira obra de arte, mas pela sua complexa elaboração, que estreou técnicas matemáticas, de engenharia e arquitectura. Com 2,5 toneladas e uma superfície composta por inúmeras faces e padrões, este Pysanka foi o primeiro ovo a ser projectado por um computador.
Outros ovos reconhecidos por todo o mundo, não necessariamente pela sua forma ou cores, mas por quem os pintou, são os ovos presentes nos quadros de Salvador Dalí.
Estes ovos podem não estar tão ligados à Páscoa como os Fabergé ou os Pysanka, mas o seu significado é muito semelhante ao dos ovos da Páscoa, já que Dalí sempre os usou como forma de simbolizar a nova vida e o recomeço.
Em obras como “O Nascimento do Mundo” e “O Ovo Cósmico” é onde melhor se encontra este simbolismo irrefutável do ovo que traz a vida. E alem desta ligação à Páscoa, estes ovos criados por um dos pintores mais reconhecidos do séc. XX, pelas suas obras surrealistas, são uma manifestação de arte irrefutável.
Também na arquitectura, apesar de já fugir “um pouco” à Páscoa, podemos encontrar ovos. Tal é o caso da obra arquitectónica em Bombaim na Índia: um escritório que junta a forma natural do ovo com uma tecnologia inovadora.
Este escritório com 33 000 metros quadrados foi desenhado pela James Law Cybertecture International, e simboliza na perfeição a palavra “Cybertecture”, inventada por esta firma, já que é a mistura perfeita de arquitectura, tecnologia, e engenharia inovadora.
A junção da forma de ovo com o exoesqueleto deste edifício permite grandes espaços sem colunas, e foram usados aproximadamente menos de 15% dos materiais na construção que seriam precisos para um edifício deste tamanho, com uma forma convencional.
Estes ovos de todos os tamanhos estão por todo o lado, à nossa volta. Nem todos custam milhares de euros ou são uma forma de arte, mas na Páscoa os mais famosos são mesmo os de Chocolate.
Amanhã, cá estaremos novamente, renascidos e renovados … e cheios de estilo!
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