É o primeiro projecto a inaugurar do mega projecto do governo chinês para transformar Xangai numa das capitais mundiais da cultura e da criatividade (que prevê a inauguração de 100 grandes museus numa década) - o Museu do Vidro.
O projecto de interiores ficou a cargo dos arquitectos da firma de arquitectura de Xangai Coordination Asia e tem momentos absolutamente sublimes.
O espólio de todo o museu gira à volta do vidro enquanto material de grande importância na arte decorativa chinesa, quer tradicional quer contemporânea. Assim todos os seus atributos estéticos de leveza, delicadeza, imaterialidade, magia, brilho e misticismo são explorados de forma absolutamente única neste projecto de interiores.
A opção pelo cinza antracite para cor global dos interiores revela-se inteligente, pois deixa o protagonismo nestes para o material em homenagem. A iluminação pontual e não difusa permite um controlo cénico dos espaços muito mais espectacular. O corredor de entrada todo feito em espelhos em forma de diamante e em vidros é de uma elegância e de um bom gosto extremo. Mas a criação da sala no piso intermédio em forma de casa estilizada (dedicada aos objectos mais quotidianos), pintada de branco, e rodeada de espelhos com a ilusão de estar suspensa é a situação expositiva mais espectacular.
Um bom início para uma ambição tão grande!
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