Paris, NY, Milão, Londres. Estas são as capitais da moda por excelência: respeitadas, testemunhas da história do glamour e palco das semanas de moda que movimentam mais capital e celebridades globalmente.
Por outro lado, Berlim é uma cidade costurada ao meio, com apenas uma vintena de anos de estabilidade, e que, como uma adolescente, fervilha com novos ideais assentes na criatividade, inovação e numa liberdade extrema.
E estes são ingredientes essenciais para uma Semana da Moda fora de quaisquer molduras. Prometiam-se sensações novas, que em muitos casos se revelaram muito positivas e noutros nem tanto - mas que nunca foram indiferentes. E só aí cumpriram o seu objectivo.
Verifica-se, a cada nova estacão, um aumento do número de "fashionistas" na capital alemã. Surgem comparações com a Nova Iorque dos "sixties" e os designers tentam destacar-se cada vez mais.
Arrancámos a semana com o Premium Young Designers Award, que galardoou a talentosa Karlotta Wilde com o prémio de melhor "womenswear" e o funcional Marc Stone com a distinção de melhor "menswear". Confesso-me fã dos vestidos de Karlotta.
Ao mesmo tempo já começava a popular Bread & Butter - e este adjectivo adquire cada vez mais significado (se é que me entendem). A verdade é que se vê cada vez menos "media" e "business related people" no evento. Apesar de tudo, a feira estava em festa, assinalou dez anos de vida, lançou um livro, e organizou um festival de música público, que teve entre os artistas convidados o brilhante Mos Def.
Ao contrário da B&B, o tradeshow Premium exhibitions, que alberga o alternativo (e excelente!) SEEK, ganha qualidade, visitantes e interesse. Bem organizado, chegou mesmo a apoiar uma mostra de designers japoneses de alta qualidade denominada TOKYO GOES BERLIN, que apoiava a causa do Japão.
Enquanto isto, na outra ponta da cidade, fazia-se negócio na (capsule) e no Projektgalerie Showroom, organizado por jovens designers.
A tenda MERCEDES-BENZ, ao lado das Portas de Brandenburgo, concentrava o glamour que faltava nos outros eventos e aí se desenrolou a "tradicional" Fashion Week.
Centenas de designers durante vários dias fazem com que só seja possível descrever o evento mencionando os meus preferidos.
Hien Le, Lala Berlin, Patrick Mohr, Malaika Raiss, Iris van Herpen e Perret Schaad são nomes a pesquisar no Google e a guardar na pasta dos 'must watch'.
E como os últimos são sempre os primeiros, devo sublinhar que fiquei bastante impressionada com a apresentação da colecção A/W 12 Diesel. Apesar do conceito de marketing sensacional, que merece palmas e cópias, a colecção era bastante refrescante na sua simplicidade de materiais e cores. A Diesel transformou ainda um edifício industrial num grande loft, decorado cuidadosamente para nos fazer sentir em casa. E conseguiu!
Next stop - Düsseldorf Fashion Week! Stay tuned!
X, Diana
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