AVENTURA IBÉRICA | EM DIRETO - DIA 3

 

Neste terceiro dia da nossa Aventura Ibérica, o programa leva-nos em direcção a outros territórios mais inexplorados e selvagens, a grandes paisagens e a impressionantes cenários naturais, mas um contratempo surgiu - a chuva.

Depois de dois dias cheios de sol e de altas temperaturas, acordámos com um céu bastante nublado e com ameaças de chuvas ao longo do dia em várias regiões por onde íamos passar. A alta temperatura mantém-se, mas a chuva pontuou todo o nosso percurso do dia ... sem no entanto estragar ou perturbar os nossos inabaláveis planos de viagem.


10.30 GUGGENHEIM DE BILBAU

Mas logo pelas primeiras horas da manhã, conforme o programado, assim que concordámos e fizemos o check out do Grand Hotel de Bilbau, dirigimo-nos para o famoso Guggenheim de Bilbau.

O magnífico edifício desenhado pelo arquitecto americano Frank Ghery tem, não só uma espectacular forma exterior (e uma mutação de cores do seu revestimento de titânio, conforme a luminosidade ao longo do dia), mas também uma impressionante arquitectura interior. O ponto mais impactante desta arquitectura interior é o esmagador atrio central do edifício de 60 metros de altura, delimitado por formas fluídas e verticais de uma elegância e ritmos inegáveis. Mais do que uma visita a este museu pela sua colecção permanente (como é habitual nos grandes museus mundiais), este vale essencialmente pela sua arquitectura e espacialidade de excelência.

Com uma colecção permanente feita de obras de arte contemporânea com assinaturas dos maiores nomes da arte mundial dos últimos 50 anos, a sua arquitectura assume-se como um dos elementos artísticos mais relevantes de toda a visita.

Foi uma manhã bem passada e que recomendamos vivamente!


12.30 A ESTRADA AO LONGO DOS PIRINÉUS

Depois da visita ao Museu de Bilbau, voltámos a entrar no carro e rumámos em direcção ainda mais a norte para podermos fazer um percurso ao londo dos Pirinéus de Navarra e Aragão (para este dia, e por forma a não perdermos tempo, optámos por comprar antes de sair de Bilbau, comida suficiente para fazer o almoço e lanches a bordo, por forma a poupar tempo e assim conseguir fazer a extensão grande de quilómetros que tínhamos planeado sem grandes atrasos.

Circulando por estradas nacionais (desde Pamplona até à província de Huesca, já em plena região autonómica de Aragão - primeiro pela N 240 e depois pela N 260), conseguimos um percurso bastante interessante ao longo de toda a tarde. Com a calma que toda a paisagem inspirava, passámos e apreciámos lagos de tons azuis turquesa impressionantes, pequenos riachos bucólicos e românticos, campos de trigo de um dourado espectacular ou mágicas terras de montanha com uma arquitectura tão pitoresca quanto rural.

Todo este percurso, depois de um primeiro e segundo dias dedicados à grande arquitectura medieval de Castela e Leão, e depois de uma manhã dedicada à excelência de arquitectura e da arte contemporâneas do País Basco, veio trazer uma nova componente importante - as paisagens de montanha da grande Cordilheira dos Pirinéus.


16.30 PARQUE NATURAL DE ORDESA

Uma referência que é essencial neste nosso percurso foi a última etapa deste - o Parque Natural de Ordesa.

Situado a pouco mais de 60 quilómetros acima da cidade aragonesa de Huesca, este é o principal ponto turístico de toda a cordilheira, e onde se pode apreciar todo o explendor e a esmagadora dimensão da paisagem destas montanhas.

Por uma estrada que serpenteia as várias montanhas e os imensos e profundos vales, os cenários esmagadores de precipícios imensos, pequenas aldeias equilibradas em declives acentuados ou encaixadas em estreitos vales, montanhas exemplarmente cobertas por bosques frondosos e estreitos túneis cavados na rocha natural com um cuidado extremo e de forma quase artesanal, fazem deste parque um território perfeito para o culminar deste dia dedicado aos grandes cenários naturais que estas montanhas ainda conservam de forma quase original.


18.30 A ALDEIA DE TORLA

Encaixada num dos pontos mais altos do Parque Natural de Ordesa está a pequena, mas muito bela (e turística) aldeia de Torla.

Este pequeno povoado, além de conservar toda a sua arquitectura tradicional integralmente feita em alvenaria de pedra, tem como atractivo extra sobre as demais povoações de montanha aragonesas por que passámos o magnífico cenário dos três cumes de penhascos rochosos dos pirinéus mais altos - o Monda Fuego (2.848 m), o El Taillón (3.144 m) e o Monte Perdido (3.355 m).

A magia deste cenário natural, combinado com a lindíssima arquitectura tradicional da aldeia, fez de Torla o final perfeito para este nosso dia de montanha e de natureza.


22.30 BARCELONA

Depois da nossa visita à Aldeia de Torla rumamos a Lérida e apanhamos a auto-estrada em direcção ao nosso destino final do dia - a cidade de Barclona.

Com um percurso de cerca de 700 quilómetros percorridos neste dia, a chegada a Barcelona decorre sem grandes problemas (pois seguimos directos até à zona da cidade que pretendíamos sem nos perdermos) e seguimos directos para o nosso alojamento: um apartamento típico de Barcelona em pleno Raval.

Neste bairro histórico e centralíssimo da cidade condal, somos recebidos pela nossa simpática anfitriã a dona do "piso" (como lhe chamam em castelhano), que nos vem dar as chaves e explicar todos os detalhes necessários.

Depois de um hotel histórico medieval na cidade de Segóvia, depois de um hotel moderno e com design em Bilbau, decidimos alugar um apartamento típico, histórico e com muito estilo, onde vamos ficar nos próximos três dias.

Foi um final de dia fantástico e que foi rematado com um breve e rápido jantar em plena Plaza Real, uma aventurosa busca de um parque para o carro (onde possa ficar a preços módicos durante os três dias que vamos ficar nesta cidade) e por um breve passeio nocturno em plenas Ramblas para recolher os primeiros acordes desta mágica e muito cosmopolita capital da Catalunha.

Com o dia de amanhã a prometer muitas visitas e passeios interessantes, a noite foi curta para começarmos a viver Barcelona bem recuperados desta longa e mágica jornada de hoje.

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