ESCAPADELA BRACARENSE | EM DRETO - DIA 1


Quem nos acompanha via Instagram, já está a par que há umas semanas atrás andámos a passear na região mais a Norte de Portugal - o Minho.

A nossa eleição para esta escapadela de fim-de-semana foi a formosa e antiga cidade de Braga.

Conhecida pela sua antiguidade e pela sua religiosidade, esta cidade minhota, é actualmente um dos maiores pólos de desenvolvimento desta região portuguesa e um dos seus maiores e mais eclecticos tesouros por descobrir.

Assim nestes próximos dois dias vamos dedicar-nos a revelar aqui as nossas descobertas nesta surpreendente e monumental cidade. Assim partimos de Lisboa numa sexta-feira à noite e rumámos à capital do Minho.


Mas porque os tempos não estão para grandes gastos, revelamos aqui a nossa escolha desta Escapadela Minhota - o novíssimo Ibis Budget Hotel Braga Centro (que aqui trouxemos há duas semanas).

Este simpático, hotel oferece estadias em quarto duplo desde 29,00 € por quarto (sendo que tem quartos singe, duplos e triplos ... estes últimos a 39,00 €). Com este preço, a questão do alojamento deixa de ser obviamente relevante.

Mais importante ainda é que não só dispõe de todos os serviços básicos de um hotel (wi-fi rapidíssimo, amenities básicas nas casas de banho e quartos espaçosos e com design) como a sua localização central tornam-no num dos hotéis com melhor relação qualidade preço de toda a cidade.


Depois de escolhido o hotel foi e depois de um pequeno almoço simpático (não se esperam luxos, mas o bufet apesar de básico conta com alguns requintes como pão quente acabado de sair do forno para as nossas mesas), subimos a Avenida da Liberdade (onde se situa o Ibis Budget Hotel Braga Centro) e paramos pela primeira vez do dia em frente a um dos ícones da cidade: o Teatro Circo.

Tendo decidido que este primeiro dia era dedicado ao centro da cidade, começámos por um dos seus símblos maiores. Com uma arquitetura do princípio do século XX, este teatro é um dos locais mais míticos para todos os bracarenses.

Nesta sala já passaram óperas e peças de teatro famosas, já atuaram personalidades tão importantes como Palmira Bastos ou Amélia Rey Colaço e bandas como os GNR ou os James. Assim se começa em bem o nosso passeio pela monumental cidade de Braga.


Depois de subirmos até à mediática Avenida da República, viramos à esquerda e logo à direita e damos de caras com uma das últimas partes da antiga muralha da cidade medieval ainda existentes.

A cidade de Braga data do tempo dos romanos (a famosa Bracara Augusta) e desde então não deixou de ter um lugar de relevância em toda a região noroeste da península ibérica. Sendo a cidade mais importante desta região, a sua importância em toda a idade média fazia também com que esta cidade tivesse uma impressionante muralha e castelo correspondente.

A testemunhar tal importância estão os vários palacetes que povoam toda a cidade, dos quais destacamos o paço arcebispal do Jardim de Santa Bárbara (que é o arquivo onde está guardado o documento que o poderoso Arcebispo de Braga assinou a conceder o direito a D. Afonso Henriques a fundar o Reino de Portugal), o a Câmara Municipal. No entanto, com a ascenção de Guimarães como a cidade de residência de D. Afonso Henriques, Braga sofre um rude golpe e ganha a poucos quilómetros uma cidade rival à sua altura. É então nesta altura que Braga se começa a impôr não como capital política do Noroeste da Península Ibérica, mas sim como capital religiosa.

Para testemunhar tal situação estão as muitas e diversas igrejas e antigos mosteiros e conventos que povoam todo o centro da sua cidade. Em todas vale a pena entrar e apreciar os seus magníficos azulejos ou os seus impressionantes altares de talha dourada.


Mas o grande destaque vai, obviamente, para a sua igreja maior e principal: a famosa e antiquíssima Sé de Braga.

Esta igreja, que data do século XI (antes da fundação da nacionalidade, tem na sua estrutura a típica catedral Românica, mas na sua aparência elementos de muitas outras épocas. Os principais destaques desta imponente igreja são os seus dois coruchéus barrocos, que encimam as duas torres sineiras da sua fachada principal.

Mas no seu interior (cuja visita é de entrada paga) existem também algumas das maiores jóias da arquitetura sacra portuguesa. Um dos pontos obrigatórios desta visita é a conhecida capela de São Geraldo e o impressionante altar dedicado a São Nicolau. Este altar, de um trabalho de talha dourada impressionante e ultra rococo tem um equilíbrio formal e uma riqueza decorativa de uma exuberância quase únicas em Portugal.

É uma visita que vale a pena fazer ... e que vai dar lugar a abrir o apetite para o ponto seguinte desta nossa proposta de escapadela Minhota: o Almoço.


Se em Portugal, no geral, se come bastante bem, a gastronomia minhota é bastante rica e saborosa.

É por isto que uma visita a Braga não pode dispensar um bom almoço, num ambiente sofisticado e que valorize a tradição gastronómica local, mas ao mesmo tempo tenha a modernidade que tão bem caracteriza a cidade. A nossa proposta é o restaurante Caldo Entornado, mesmo nas costas da Sé de Braga (Rua de São João 8).

Nesta antiga casa senhorial, do centro histórico da cidade, está um dos espaços mais surpreendente da cidade. Cruzando na sua decoração a herança arquitetónica do edifício e a modernidade do design contemporâneo, o Caldo Entornado tem um ambiente relativamente despretencioso, confortável e elegante. O ideal para servir a primeira refeição desta escapadela.

Com um menú que cruza a cozinha internacional contemporânea com a tradicional gastronomia minhota, a fusão de sabores é garantida ... com um elemento adicional: ser também um wine bar, o que dá a hipótese de acompanhar a refeição com um dos excelentes vinhos da região ou de outra qualquer região demarcada de Portugal.


Sem pressas o almoço deve decorrer ... e é sem pressas que se deve seguir para a paragem seguinte: os famosos gelados da Spirito.

Independentemente de ser verão ou inverno, estar chuva ou estar sol, esta pequena geladaria bracarense, fundada em 2011, que se situa a menos de um quarteirão do restaurante (no Largo de São João do Souto, n° 19), tem uns dos gelados mais inovadores e famosos de todo o país.

Com sabores bastante inovadores, verdadeiramente adaptados a todos os gostos e necessidades (pois são gluten free, lactose free e com 0% de gordura) e sabores tão diversos quanto maltesers, cheesecake de frutos vermelhos ou manteiga de amendoim ... ou ainda o sempre divertido gelado de M&Ms.

É uma paragem obrigatória para quem vem a Braga ... mesmo para quem não queira um gelado ... pois também têm Cupcakes deliciosos e capuccinos fabulosos.






Mas se há um aspeto que caracteriza o centro de Braga é a sua vitalidade comercial.

Assim sendo, e uma vez que uma tarde de compras nunca faz mal a ninguém, aconselhamos a que se deixe perder nas ruas pedonais desta zona histórica da cidade. Com bastantes lojas moderníssimas, dignas de qualquer capital europeia, de cadeias internacionais ou concept stores com as melhores marcas mundiais, misturadas com tradiconais lojas de artesanato, orivesaria ou mercearias que têm verdadeiras jóias gourmet, a nossa escolha de destaques não foi fácil.

No entanto deixamos aqui algumas sugestões: em plena Rua do Souto encontra-se uma das mais discretas e bem conseguidas concept stores da cidade a Janes (nº 17/19 loja de homem e nº 36 a loja de senhora), que comercializa marcas tão diversas quanto a Prada (Linha Principal), a Etro ou a Ermenegildo Zegna - Vale mesmo a pena uma visita (até porque ambas as lojas são espaços lindos e muito exclusivos); nesta mesma Rua do Souto, mais abaixo, encontra-se o Museu do Tesouro da Sé de Braga, com a sua loja repleta dos melhores produtos regionais e alguns bem contemporâneos e curiosos, como a Eau de Portugal (dois perfumes - um de homem e outro de senhora - inspirados nos dois últimos grandes monarcas portugueses - Raínha Dona Amélia e Rei D. Carlos); e a loja Som da Sé (mesmo em frente à entrda principal da mesma - do lado esquerdo), uma loja especializada em guitarras, violas e cavaquinhos, que consegue não só produzir artesanalmente alguns dos melhores instrumentos de cordas do país, como essencialmente os consegue personalizar de forma bastante criativa e contemporânea (mesmo que não se compre, vale a pena uma visita); a Casa do Passadiço (Largo de S. João do Souto), uma das mais conceituadas e premiadas casas de design de interiores do país, que se encontra instalada num dos mais bem recuperados palácios da cidade também é uma visita obrigatória.

Braga tem um comércio de rua bastante vivo e pujante, contemporâneo e tradicional e que vai seguramente ocupar o resto desta primeira tarde da nossa proposta de visita à capital minhota. Como remate desta visita, propomos uma tradição muito curiosa e peculiar: que se dirija à muito típica e pitoresca Casa das Bananas (Rua do Souto nº 26) e prove a especialidade da casa - o Moscatel com Banana ... o apetite para o jantar abre-se sem qualquer dúvida!


Depois de voltar ao Ibis Budget Hotel Braga Centro (e é um percurso que se faz facilmente a pé), é hora de jantar.

Depois de um almoço, que nos levou numa viagem de sabores mais consistente por um passeio de fusão pela gastronomia minhota, recomendamos uma refeição num dos melhores restaurantes de sushi do norte do País: o Gull. Este famoso restaurante de sushi originário do Porto, também tem em braga uma casa, que se situa por cima de um dos pontos mais icónicos da cidade: o Café Astoria (em plena Praça da República, a 5 minutos a pé do hotel). A qualidade é garantida e mais uma vez, estamos a proôr um local icónico para todos os bracarenses e, mas numa das suas cersões mais contemporâneas e com mais qualidade.

Sendo que Braga é conhecida também pela sua vida nocturna, não podemos deixar de recomendar também que depois do jantar se passe pela vizinha Brasileira de Braga (Largo do Barão de São Martinho, nº 17) e se tome um café com um dos maravilhosos e tão tradicionais mini Pudins de Abade de Priscos. Depois é rumar ao entorno da Sé e perder-se num dos muitos bares que povoam a zona. A diversão é garantida e uma boa conversa sobre as experiências do dia ou mesmo sobre a vida também.

Este é o final perfeito de um dia que dispensou o carro e que teve uma dose de história arquitetónica inquestionável e uma dimensão lúdica e des estilo constante. Mas Braga não se fica pelo seu centro ... pelo que o segundo dia dest Escapadela Minhota tem ainda muitas surpresas e visitas imprescindíveis.

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