A obra de arquitetur que hoje aqui trazemos não é nova, mas traz para a discussão um dos elementos mais polémicos da criatividade e processo criativo em arquitetura: a capacidade de criar algo novo, contemporâneo e interessante, utilizando clichés e ideias feitas sobre esteriótipos e fórmulas que se utilizam na iconografia dos contos de fadas.
Este imaginário imagético e iconográfico foi esxatamente o ponto de partida do arquiteto austríaco Friedensreich Hundertwasser, para desenhar o SPA Termal de Rogner Bad Blumau, em plena região alpina de Styria.
Todo o complexo arquitetónico foi concebido por forma a se integrar na natureza envolvente. Ora esta integração, não nega a vertente artificial da arquitetura, mas através de fórmulas como os telhados de superfícies verdes, ou a inexistência de linhas retas na forma arquitetónica (como na Natureza, onde também não existem), ou a utilização da cor como elemento de destaque e funcional (tal como se passa nas plantas ou nos animais), consegue criar um diálogo entre a construção e os elementos naturais do entorno bastante interessante.
Mais importante ainda é a reinterpretção que o arquiteto fez da construção alpina e a sua associação aos esteriótipos da arquitetura dos contos de fadas, criando um desenho arquitetónico muito especial e cujas referências são ao mesmo tempo complexas e imediatas.
É uma obra curiosa e interessante, que levanta questões pertinentes e as resolve de forma curiosa e pertinente. Será esta uma Arquitetura de Conto de Fadas?
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