Criar um museu para não deixar perder uma memória é quae um pleonasmo ... mas a nossa obra de arquitetura de hoje é isso mesmo: a Casa da Memória.
Localizada em Milão, esta obra. assinada pelos arquitetos do atelier Baukuh, tem como objetivo criar uma estrutura que não deixe esquecer todos os problemas que os deportados, refugiados e todos os fugitivos de catástrofes a nível mundial têm. Assim é neste edifício que se situam, não só as sedes de várias ONGs dedicadas a ajudar este tipo de cidadãos mundiais, mas também um arquivo temático de acesso público, um centro de exposições e um complexo de conferências para poder perpetuar e espalhar a mensagem pela sociedade milanesa.
Mas se este é o programa funcional, o conceito desta Casa da Memória, foi totalmente incorporado na própria arquitetura. Sem grandes luxos do ponto de vista arquitetónico, nem exuberância em termos volumétricos ou formais, há dois elementos a destacar: as fachadas de tijolo que (através de tijólos de várias cores) criam quadros que ilustram fotografias famosas destas tragédias; e a simplicidade minimal e quase monástica com que os interiores se apresentam aos seus ocupantes e utilizadores.
É uma obra de arquitetura que cumpre um propósito nobre ... e dá o exemplo consequente!
0 Reality Comments:
Enviar um comentário