RUMOS DO SUL | EM DIRETO - DIA 11


05.00 O DESPERTAR EM CUSCO

É um dos dias maiores desta viagem e o último dia desta seguda fase dos Rumos do Sul, que explorámos estes territórios andinos, tão característicos da América do Sul.

Assim acordamos (por condicionamentos de horários) ainda noite cerrada e, depois de um pequeno-almoço reforçado, rumámos em direção à Praça de Armas e apanhámos um taxi para rumarmos em direção à estação de combóios.

É aqui que começa o nosso dia ...


07.20 O COMBÓIO RUMO A MACHU PICHU

Foi nossa escolha o apanharmos o combóio Expedition da companhia Peru Rail.

Esta companhia de combóios é uma das míticas de todo o mundo. Um dos seus trajetos mais conhecidos é o que liga a cidade de Cusco com a povoação de Machu Pichu. É aqui que nos apercebemos que não estamos a entrar num combóio qualquer. Com um staff de recepção ao passageiro cujas fardas estão impecáveis (inspeccionadas à nossa frente pelo responsável de escala), cuja simpatia no acolhimento é personalizada e irrepreensível e um serviço de carruagem e de refeição equivalente a um avião, este combóio da Peru Rai é um verdadeiro Luxo.

Depois de tanto madrugar, assim começa o nosso dia em grande estilo.


10.00 O PERCURSO DO PERU RAIL ATÉ MACHU PICHU

Se o combóio é um verdadeiro luxo, a paisagem que vemos pelas janelas e pelo teto de vidro, é absolutamente deslumbrante.

Começando num ton mais sereno e bucólico, a paisagem, no percurso de pouco menos de 4h, vai-se alterando e tornando-se cada vez mais dramática e exuberante. Os campos de cultivo em planalto entre montanhas dão lugar a riachos agitados no meio de vales profundos e montanhas descomunais, os pequenos bosques dão lugar a exuperantes florestas e as linhas retas da linha de combóio dão lugar a um espetacular e muito curvilineo percurso entre cenários naturais absolutamente esmagadores.

Estamos definitivamente a entrar num território muito especial ...


11.30 OS AUTOCARROS QUE NOS CONDUZEM AO SANTUÁRIO

É à chegada à povoação de Machu Pichu (mais conhecida por Aguas Calientes) que nos damos conta da dimensão do fenómeno turistico que o Santuário de Machu Pichu tem.

Mesmo à saída da estação de combóios somos obrigados a atravessar um labiríntico, frenético e muito apelativo mercado de artesanato. Perdendo-nos pelo caminho, lá seguimos a passo apressado para a nossa última etapa de acesso ao nosso ponto alto desta segunda fase dos Rumos do Sul: os Autocarros do Santuário Inca.

Estes, de uma forma hiper profissional e surpreendentemente organizada, transportam-nos num percurso ascencional acidentado e vertiginoso para o topo de uma das montanhas mais altas deste vale ... o cenário torna-se avassalador!


12.00 O SANTUÁRIO DE MACHU PICHU

Depois de um percurso único e deslumbrante, chegamos ao que podemos unanimemente afirmar, como um dos locais mais mágicos, grandiosos e impressionantes de todas as nossas vidas: o Santuário de Machu Pichu.

Se dúvidas houvessem de que esta é uma das maravilhas do mundo, quando se chega ao topo do monte da Porta do Sol, estas são dissipadas. A dimensão, a harmonia, a beleza, a perfeição de cumunhão entre natureza e ruína de uma civilização desaparecida são talvez as características que melhor se aplicam a este momento.

É um cenário único, que nenhuma fotografia consegue expressar correctamente. O exímio equilíbrio entre natureza e presença humana, a incrível técnia e engenho necessárias à construção de tal cidade sagrada e o seu estado de conservação e a magnitude territorial fazem desta uma ruína única, não comparável a nada do que tenhamos visto ou experiênciado.

Nem os milhares de pessoas que estão dentro da cidade sagrada ao mesmo tempo, nem a dificuldade física que é percorrr esta ruína (pois os milhares de degraus que nosos obragados a subir e descer e a altitude, tornam esta uma visita dura), nem a escassez de tempo que temos para a visitar, prejudicam levemente estas horas de pro extase e felicidade que se tem ao visitar tal monumento.

É sem dúvida alguma uma maraviha do mundo, que se assume em toda a plenitude e força como um dos momentos altos destes Rumos do Sul e das nossas vidas de turistas e viajantes!


15.50 O COMBÓIO DE VOLTA

Depois de sairmos de Machu Pichu, com todo o entusiasmo da visita a atenuar os 45min de espera que tivemos para apanhar os autocarros de volta à povoação de Machu Pichu, e depois de uma bebida rápida num espetacular café desta, rumamos de novo à estação de combóios e embarcamos de novo no Peru Rail de volta a Cusco.

Mas porque viajar é viver experiências diferentes decidimos (e bem) por uma classe de combóio diferente: o Voiager. Esta classe permite assim ter uma experiência diferente, pois apesar de as carruagens serem tão confortáveis e terem também o teto de vidro, para melhor disfrutarmos da paisagem envolvente ... o serviço mudou.

Agora inclui não só uma pequena refeição com iguarias típicas andinas do Perú, como também termos uma animação da dança do tradicional diavolo andino, dando-nos a conhecer melhor a cultura da região ... e tudo feito de uma forma bastante elegante e sofisticada. Muito boa decisão tomámos ao mudar de classe.


20.30 O MUSEU DO PISCO

À saída da estação de combóios regateamos o preço de taxis que nos levem ao nosso próximo destino: o Museu do Pisco.

Se falamos de Cusco, falamos obrigatoriamente da sua bebida tradicional e muito mítica - o Pisco. Assim, nesta última noite, e mesmo antes de irmos refazer as malas para partirmos bem cedo (amanhã levantamo-nos às 04.30 da manhã) em direção à terceira e última etapa destes Rumos do Sul, decidimos ir comer uma refição leve ao muito conceituado Museu do Pisco de Cusco ... e assim provar em primeira mão os melhores cocktails do mundo feitos de Pisco.

É um final de noite bastante animado, muito agradável e que encerra em grande um dos dias mais marcantes desta viagem e das nossas vidas. Se Machu Pichu é sem dúvida uma maravilha do mundo ... o Pisco é uma das maravilhas de custo, e o Museu do Pisco a sua catedral.

Para já voltamos ao hotel, fechamos as malas e deitamo-nos ... porque amanhã os Rumos do Sul vão-nos levar a outras paragens bem mais quentes ...

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