Como já vem sendo hábito nos últimos dois anos, nós estivemos presentes num dos festivais de moda e performance mais originais da Europa: o Fashionclash Festival. Conforme puderam acompanhar nas nossas redes sociais (quer via Instagram, quer via Facebook), foram três dias intensos de desfiles, performances, palestras, performances e markets, tudo dedicado a jovens criativos e à sua qualidade criativa.
Mas porque o que pusemos nas redes sociais não cobre, nem perto, tudo o que por lá se passou, hoje e amanhã, vamos trazer aqui alguns dos melhores momentos. Os melhores desfiles e a melhor performance, vão ocupar as páginas do And This is Reality com a melhor criatividade que jovens talentos da moda e dança internacionais.
Neste festival são dados vários prémios, sendo um da responsabilidade da revista Chapeau, dedicado à melhor coleção de um alunoo finalista da academia de artes performativas, moda e design de Maastricht (MAFAAD), outro atribuído pela revista alemã Kaltblut, para a melhor coleção (no ano passado atribuído ao jovem criador português Patrick de Pádua), e um terceiro, atribuído pela própria organização, ao jovem talento mais prometedor e inovador, em termos de moda. Assim hoje vamo-nos dedicar aos vencedores destes prémios.
Assim sendo, começamos pelo prémio atribuído pela revista Chapeau. Antes de qualquer comentário sobre o vencedor, há que salientar que a qualidade das coleções finalistas, apresentadas pelos alunos da MAFAAD no Fashionclash Festival, é verdadeirmente impressionante. Quer do ponto de vista criativo, quer no que se refere à qualidade técnica da sua execussão, todas as coleções mereceram o nosso aplauso, bem como o aplauso unânime da Imprensa Internacional presente.
É portanto neste contexto que a designer Domino Vughts arrebata este importante prémio. Com a sua coleção que desconstrói formas, desmonta peças em componentes, e recria-as com texturas fortes e cores surpreendentes, esta aluna mereceu o aplauso do juri do prémio ... e também o nosso!
Mas se o prémio da Chapeau foi aclamado unanimement, também já o prémio da Kaltblut para a melhor coleção, suscitou divisões entre a imprensa internacional (onde estávamos incluídos). A escolha do diretor da revista da designer Alemã Hermione Flyn, apesar de ser unânime que a sua coleção estava entre as melhores apresentadas no festival, causou algua surpresa (estando nós, And This is Reality, em desacordo com a escolha ... dizemos já aqui abertamente ... não que não concordemos que esta coleção seja boa, mas não foi a nossa favorita).
No entanto, em bom rigor, esta designer apresentou uma coleção interessante, em que o tema do Caftã foi tratado com bastante rigor e invação. A transformação e desconstrução, quer em cores quer em formas, desta peça tão icónica do vestuário árabe, criou uma coleção original e merecedora de aplauso (inclusive o nosso).
Originalidade, criatividade, técnica exímia, bons materiais, styling eficiente, tudo estava na medida certa e com uma serenidade e uma qualidade assinaláveis ... foi a vencedora do prémio e mereceu ... não sendo a nossa primeira escolha, se estivessemos no lugar de escolher ... mas aceitamos que é uma boa coleção.
Se nós tivéssemos na pele de escolher a melhor coleção de toda esta edição do Fashionclash Maastrich 2016, não tínhamos quaisquer dúvidas, que escolheríamos a designer Sanchez Kane.
Esta criadora, de origem mexicana, conseguiu desconstruir formatos clássicos e básicos, sem que estes perdesse personalidade, mas reinventando-lhes o papel, e dando-lhes novos significados. Disruptiva, irreverente, original, criativa ... mas muito elegante nas escolhas que fez e nos limites que traçou.
Aplaudimos não apenas pelo lado criativo, mas porque tudo estava no seu lugar: a qualidade de materiais, a qualidade de confeção, a presença de um styling arrojado, mas na dose certa para não se sobrepor à coleção ... tudo estava no sitio certo, na dose certa, na altura certa ... e é por isto que se fossemos nós a eleger a melhor coleção ... escolheríamos esta.
Mas o grande prémio de cada edição é atribuído pelo próprio do festival, e pelo seu jur, absolutamente independente (sem um único membro da organização do festival). Nesta edição do Fashionclash Festival 2016, o vencedor foi o designer italiano Alessandro Trincone.
Este criador apresentou uma mini coleção com inspiração no oriente e nalguns dos seus ícones de moda - o chapéu de chuva e o traje de kimono. No entanto esta inspiração foi tratada como isso mesmo, uma ispiração. O criador recriou formas, com uma poesia e uma simplicidade, mas ao mesmo tempo de uma beleza e com uma mestria técnica, absolutamente incríveis. Impressionou todos e mereceu um aplauso unânime, porque ver moda com esta qualidade, não acontece todos os dias em eventos de jovens talentos.
Por hoje ficamos por aqui ... mas amanhã trazemos aqui os nossos restantes destaques de desfiles e a nossa performance preferida, porque houve bastantes mais designers a merecer o nosso destaque aqui.
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