O MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia é a nova proposta cultural para a cidade de Lisboa. Um museu que cruza estas três áreas num espaço de debate, de descoberta, de pensamento crítico e de diálogo internacional. Um projeto inovador que coloca em comunicação um novo edifício, desenhado pelo atelier de arquitetura Amanda Levete Architects, e a Central Tejo, um dos exemplos nacionais de arquitetura industrial da primeira metade do século XX, e um dos polos museológicos mais visitados do país.
O MAAT traduz a ambição de apresentar exposições nacionais e internacionais com o contributo de artistas, arquitetos e pensadores contemporâneos. Refletindo sobre grandes temas e tendências atuais, a programação apresentará ainda diversos olhares curatoriais sobre a Coleção de Arte da Fundação EDP. A programação do MAAT tem início a 30 de junho com a apresentação de quatro exposições em salas renovadas do edifício da Central Tejo. A 5 de outubro, o novo edifício abrirá parcialmente ao público com a primeira parte do projeto Utopia/Distopia, uma nova obra de Dominique Gonzalez-Foerster, concebida especialmente para este espaço.
E enquanto aguardamos com muita curiosidade a abertura do novo edifício, fomos visitar as quatro exposições que se encontram na Central Tejo e sugerimos que por lá passem e fiquem a conhecer um pouco mais sobre os trabalhos dos artistas nacionais e internacionais que por lá expõem.
A "Lightopia" é uma exposição que reúne mais de 300 obras que mostram como a luz elétrica revolucionou o mundo em que vivemos, como alterou radicalmente as nossas cidades, criou novas formas de vida e de trabalho, tornando-se motor do nosso progresso. Explora a atual mudança de paradigma, colocando-a no contexto da história da cultura, começando com uma visão geral de omnipresença da luz na sociedade contemporânea. As mudanças tecnológicas, a revolução digital e o desenho dos novos espaços públicos são alguns dos temas abordados, bem como a nossa dependência da luz.
São cerca de 50 obras realizadas por 26 artistas que datam desde os anos 70 até ao presente as que compõe a "Segunda Natureza". Através deste panorama, infere-se uma diversidade de formulações, transformações e questionamentos quanto à ideia de natureza e da nossa relação com a mesma. O tema geral da exposição foi equacionado à luz dos debates atuais em torno das discussões sobre o impacto da ação humana no ambiente.
A "Artists' Film Internacional" é dedicada à exibição de vídeos, filmes e animações realizadas por artistas de todo o mundo, numa parceria global que reúne 16 instituições. Ocupando o espaço da Sala das Caldeiras da Central Tejo, esta exposição é o resultado de um processo curatorial que ditou a escolha de nove obras (a partir de um conjunto de 16) de artistas diferentes. Os trabalhos focam a complexa relação entre arte e tecnologia – o tema desta edição do Artists’ Film International.
E por fim a exposição de Edgar Martins que ao longo de três anos realizou mais de 1000 fotografias e digitalizou mais de 3000 negativos do vasto espólio do Instituto de Medicina Legal de Lisboa. Uma parte significativa destas imagens representa provas forenses, nomeadamente objetos e armas usados em crimes e suicídios. Deste modo, o tema da morte é aqui explorado através de uma articulação produtiva entre registos documentais e factuais e imagens que procuram incitar o potencial especulativo, ficcional e imaginário em torno do tema. Neste projeto inclui-se um conjunto diversificado de tipos e processos visuais – fotografias, apropriações, projeções, instalação e texto.
Não deixe de visitar e apostar na cultura em Portugal!
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