20:30 O JANTAR COM AS GAIVOTAS
Depois de voltarmos a casa, passando ainda pelo parque olímpico de esculturas, e de descansarmos um pouco, e de tomarmos duche, voltámos a sair e fomos até ao porto, para nos deliciarmos com uma das iguarias mais tradicionais de Seatle: Fish'n Chips.
No Pier 54, está situada uma das instituições gastronómicas da cidade: o Ivar's Fish Bar. Neste bar fundado em 1938, a grande especialidade da casa é o Halibute frito à inglesa, acompanhado por batatas fritas. Este peixe, originário das águas frias do Alaska, é bastante saboroso, e tem uma consistência um pouco mais dura do que estamos habituados, fazendo dos filetes deste peixe uma iguaria bastante sofisticada.
Mas no Ivar's há outra tradição. As batatas fritas são servidas em grandes quantidades, exatamente porque é suposto sobrarem em cada refeição. As que sobram é tradição dar às centenas de gaivotas que se juntam junto à esplanada flutuante deste restaurante.
Assim terminou o nosso dia: com uma excelente iguaria (bastante económica, por sinal) e um divertimento muito especial!
Para já voltámos a casa ... porque amanhã temos mais um dia bastante especial, pois vamos a uma das ilhas da baía de Seattle ... não percam!
17:30 O PRODÍGIO DO VIDRO
Mal saímos do EMP, ainda muito divertidos com todas as experiências que vivemos (como entrar numa cena do Star Treck, ou experimentar tocar guitarras elétricas, ou baterias), tropeçamos numa das maiores surpresas desta cidade: o Chihuly Garden and Glass.
A pouco mais de 100 metros está o museu que concentra uma grande parte da obra do maior artista mundial de esculturas de vidro: Dale Chihuly. Com a magia das cores, a ilusão da iluminação, e a espetacularidade da dimensão, criatividade e qualidade das obras deste muito particular artista, este local torna-se mágico. O que aqui é mostrado, em poucas salas, é de uma beleza cujas palavras não conseguem descrever ... mas que uma palavra consegue resumir: perfeição!
Foi assim que acabámos o nosso dia de visitas ... e acabámos em muito bom!
15:45 O EXPERIENCE MUSIC PROJECT
Fica mesmo ao lado da Space Needle e é um destino obrigatório na cidade: o Museu EMP.
Criado pelo cofundador da Microsoft Paul Allen em 2000, este museu dedica-se a explorar a Música e a Ficção Científica, mas de uma forma muito especial e experiencial.
Começa tudo por uma arquitetura do museu bastante peculiar. Partido em duas partes distintas, pelo atravessamento de uma linha de monorail, Frank Ghery criou uma verdadeira obra prima da arquitetura. Bela, impactante, recheada de ritmo e de futurismo, com cantos, recantos, formas e cores, absolutamente surpreendentes.
Mas a maior surpresa está nas suas mais de dez exposições simultâneas. Ao entrar deparamo-nos com 10 exposições: uma dedicada às guitarras; outra dedicada a Jimmy Hendrix; outra dedicada aos Nirvana; outra dedicada aos video jogos; outra dedicada à experimentação de instrumentos; outra dedicada à arte do guarda roupa de espectáculos; outra dedicada ao Hall of Fame da Ficção Científica (com objetos como os sabres de luz originais da primeira guerra das estrelas, ou o Terminator 2 original); outra dedicada a personagens de terror; outra dedicada ao fenómeno dos video clips; e outra dedicada à mítica série Star Treck.
Foi uma excelência de tempo passado neste incrível centro cultural Pop, onde nos divertimos, aprendemos e tivemos experiências únicas, que nunca esqueceremos!
15:30 A SPACE NEEDLE
Pois se estamos em Seattle, deve-se à série Anatomia de Grey ... e sendo esta passada em Seattle, o leu símbolo tinha de estar presente na imagem da série: a Space Needle. Foi exactamente para esta torre que nos dirigimos a seguir.
Se de longe parece mais pequena do que se imaginava, à medida que nos vamos aproximando (e deixando Belltown para trás) ela ganha uma nova dimensão: torna-se bela.
De facto o equilíbrio das suas formas, vistas de baixo é bastante bem consegido, a harmonia das suas dimensões é monumental e a beleza e monumentalidade desta torre tornam-se inquestionáveis e indiscutíveis. Se a Anatomia de Grey moldou a nossa ideia de Seattle, a Space Needle ocupa merecidamente o lugar do seu maior símbolo turístico!
15:00 O BAIRRO DE BELLTOWN
Saíndo do Pike Market seguimos então para explorar o bairro que lhe é mais interior: Belltown.
Com um ambiente bastante mais calmo, muito mais residencial, com lojas e restaurantes mais locais, mas sofisticados, este bairro prima por ser um bairro onde os habitantes da cidade vivem e trabalham.
Quando se passa da primeira para a quarta avenida, o rebuliço dos turistas ficou para trás, e passámos para uma realidade de uma cidade que está a funcionar, alheia a toda uma actividade turística que se passa junto ao porto.
Com edifícios modernos, este é um local onde as torres já surgem de forma regular, mas onde ainda os edifícios de 8 a 10 andares são predominantes ... tudo num ambiente urbano muito americano, claro!
13:30 O ALMOÇO NO PIKE PLACE MARKET
Depois de conversarmos um pouco com a simpática Leela, e de ficarmos a saber que já esteve em Lisboa e que amou a cidade e os portugueses (só por isso é que aceitou alugar-nos o apartamento por apenas uma noite, segundo ela ... nós agradecemos, claro), rumámos ao muito conhecido Pike Place Market.
Esperando nós que a esta hora da tarde já tudo estivesse mais sossegado, pois já estávamos fora do horário de refeição habitual "destas bandas", qual é o nosso espanto quando verificamos que este conhecido, tradicional e icónico mercado de Seattle, está ao rubro de pessoas a comerem e a fazerem as suas compras.
Espalhando-se por vários quarteirões e vendendo tudo (e quando dizemos tudo vai desde cerâmica polaca, a vegetais e peixe, passando "obviamente" por barbearias, lojas de souvenirs e ateliers de tatuagens), este local é um verdadeiro melting pot de tudo o que se possa imaginar. E não falamos apenas de produtos à venda, mas também de pessoas, de cheiros, de sons e de cores e texturas.
A dificuldade de escolher o local para almoçar foi muita, mas lá nos decidimos pelos Sister Paninis (que tinham um aspeto delicioso ... e eram) e depois acabámos nos muito famosos Doughnuts (e vale a pena esperar na fila ... pois são uma verdadeira delícia)
12:20 O LOFT VINTAGE
Quando a simpática Leela chega ao pé de nós mostra-nos uma casa perfeitamente deslumbrante. Um antigo armazém foi transformado pelo seu bom gosto e mestria num maravilhoso apartamento de paredes de tijolo, e pavimentos e estruturas de madeira.
A decoração é despretenciosa mas impactante, a organização deste loft garante privacidade aos dois quartos, mas sem os isolar um do outro ... e o sistema de open space dá-lhe uma amplitude que o torna verdadeiramente espaçoso.
Charme histórico da nossa casa, logo a seguir à simpatia das pessoas da rua!
12:00 A CHEGADA A SEATTLE
Com a habitual demora entre a aterragem, a recolha das malas, encontrar o transporte do aeroporto para a cidade (que no caso do aeroporto de Seattle, é difícil, apesar de ser bastante económico e cómodo ... mas não há grandes indicações para além dos carros alugados e taxis) e a chegada à cidade a demora é de uma hora.
Mas quando desembarcamos do Light Rail em plena Pioneer Square (mesmo no centro da cidade, ao lado de onde vamos ficar) descobrimos uma cidade bastante surpreendente. A primeira surpresa é que toda a gente que passa por nós na rua nos cumprimenta por eu ter um chapéu dos Phillies por ontem ter vencido os Miami Marlins (segundo investiguei mais tarde) como se eu fosse um fã da equipa a usar orgulhosamente o meu chapéu, o que indica que é uma cidade bastante simpática e hospitaleira.
Por outro lado, surpreende-nos também o ar descontraído desta cidade, o ar alternativo de muitos que passam por nós na rua ... e depois lembramo-nos que esta é a cidade que concentrou todo o surgimento do movimento Grunge nos anos 1990s.
Dirigimo-nos ao nosso apartamento e esperamos a nossa anfitriã para entrarmos em casa.
08:00 VOAR NA ALASKA AIRLINES
Depois da habitual espera no aeroporto, depois de embarcar e de arrumar a bagagem de cabine e depois de fecharem as portas do avião, o capitão do avião vem até à cabine e surpreende tudo e todos ao agradecer a todos por estarmos ali e por termos (nós passageiros) dado pelo nono ano consecutivo o prémio de melhor serviço ao cliente de uma companhia aérea à Alaska Airlines.
Assim, tal como no check in, o atendimento foi muito atento e simpático e próximo, também dentro do avião o comandante vem pessoalmente à cabine, explica de forma muito divertida, descontraída e bem disposta o nosso percurso, apresenta a sua tripulação, fala um pouco sobre a companhia e vai fila a fila falar com todas as pessoas agradecendo por estarmos ali e por termos escolhido a Alaska Airlines.
Desde explicar a quem fica nervoso por voar, que não vale a pena porque a sua vasta experiência na força aérea americana lhe dá a experiência necessária para se voar em segurança, até perguntar aos miúdos e famílias presentes se é a primeira vez que voavam na Alaska Airlines, até estimular o uso da internet a bordo para que todos possam ter um voo muito mais divertido e "próximo dos que estão no chão" (paga obviamente, mas como disse, a "bela chefe de cabine merece uns dolars de investimento se a quiserem contrar no Tinder") a simpatia e a descontração surpreendeu positivamente tudo e todos ... e foram dois ou três minutos de conversa antes de partir que fizeram toda a diferença.
Já voámos em muitas companhias do mundo, muitas delas também premiadas inclusivé, mas começar um voo desta forma é único ... e assim saímos de Boston e vijamos até Seattle.
06:00 O PRIMEIRO VOO MATINAL
Eram cerca das quatro da manhã quando nos levantámos (não proporiamente acordados ... mas dada a hora, era o que era possível) para nos prepararmos para rumar ao aeroporto e apanhar o primeiro voo matinal desta viagem rumo ao nosso próximo destino: Seattle. Assim, ainda de noite, chamamos um taxi, e vamos de malas aviadas para o aeroporto, com muito sono e alguma pena de deixarmos a primeira surpresa da viagem para trás: boston e as suas belas ruas e os seus muito elegantes bairros.
Depois de irmos para o terminal errado do aeroporto (pois confundimos-nos com as companhias ... o que a esta hora da madrugada é perfeitamente natural), depois de trocarmos de terminal (o que foi surpreendentemente fácil e rápido) e depois de chegarmos à zona da Alaska Airlines, um simpático assistente de terra da companhia, aproxima-se e pergunta se precisamos de ajuda e se somos portugueses. Agradecemos a ajuda e dizemos que sim ... e então explica que é brasileiro e que será um prazer ajudar-nos com o check-in eletrónico e a despachar as malas, evitando que vamos para as filas. Agradecemos e percebemos que o facto de falarmos português e de ele ter saudades de falar a sua língua, foi o elemento decisivo para que tal acontecesse.
Não fora descobrirmos apenas neste momento que os nossos bilhetes não estão registados no sistema com malas de porão (contrariamente ao que tínhamos pedido) e que portante temos de as pagar adicionalmente, este tería sido um momento perfeito. Assim foi apenas um momento de grande simpatia e que comprovou algo de que viriamos a descobrir a seguir.
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