À CONQUISTA DO REINO DAS TERRAS ALTAS | EM DIRETO - DIA 3


11:00 STIRLING CASTLE

Começámos o dia por dizer adeus à gentil e discreta cidade de Glasgow. Foi um excelente início da nossa Conquista do Reino das Terras Altas, mas está na hora de prosseguir caminho ... rumo Às terras altas.

No entanto, e antes de seguirmos rumo a Norte, fazemos um pequeno desvio para visitarmos o icónico e imponente Stirling Castle.

Localizada a meio caminho entre Glasgow e Edimburgo, está a formosa cidade de Stirling. Esta cidade quinhentista é dominada por um imenso e majestoso castelo, cujas muralhas e palácio, se impõem na paisagem da cidade e envolvente. Aqui sim, todos os caminhos vão dar ao Castelo ... literalmente!

Depois de um café rápido numa pitoresca esplanada no centro histórico da cidade (numa rua que terminava no Castelo, claro), subimos a colina e começamos a nossa visita. O castelo é de uma dimensão que não esconde a sua origem como residência de reis (nomeadamente Henrique V, o polémico rei que teve Maria e Isabel como filhas e que separou Inglaterra da igreja católica de Roma) bem como a sua importância histórica enquanto cenário de um dos eventos mais importantes da história do Reino Unido - Stirling e o seu castelo tornaram-se residência real quando a Inglaterra conquista a Escócia, tornando-se assim o símbolo de um novo poder real num Reino Unido. Arquitectonicamente este é um castelo bastante importante também, quer pela dimensão dos seus edifícios, quer pela sua riqueza artística e tecnológica.

Assim começámos o nosso assalto às Terras Altas ... e assim começa este nosso primeiro dia de Escócia Profunda.


12:30 O Lago Lomond

Se há algo que caracteriza as terras altas são os seus magníficos lagos, e o primeiro que visitamos (um dos maiores e um dos mais a Sul) é o Lago Lomond.

Este é um lago bastante comprido, que tem na paisagem verde das suas margens a sua mais importante característica cénica. São quilómetros e quilómetros de água a separar montanhas, ocupando os vales e transformando toda a paisagem de floresta em algo de um a beleza única e de uma beleza inquestionável.

Sendo que a entrada nas High Lands foi feita por aqui ... é uma entrada bastante auspiciosa!


14:30 Espetáculo de Glencoe

Mais à frente e já depois do final do Lago Lomond, começa a paisagem a mudar e a tornar-se mais despida de grandes bosques e o relevo a tornar-se ainda mais acidentado: estamos a entrar no Glencoe.

Esta é uma zona de montanhas (as mais altas da Escócia) muito conhecida pela espetacularidade dos seus picos e dos seus imensos e serpenteantes vales, pontuados com pequenos riachos e cascatas ... e tudo se confirma. A harmonia com que toda a paisagem natural se conjuga, cria uma cena de uma beleza sublime e dramática. Elegante nas suas formas, mas brutal na sua escala, rica na sua paleta de cores mas simples na sua natureza, com a calma de uma verdadedeira paisagem bucólica mas impactante como só as grandes paisagens épicas conseguem ser.

Glencoe é um espetáculo visual digno de nota, que nos surpreendeu pela positiva ... e que em vez de ser conquistado por nós, nos conquistou a nós!


16:10 O Susto e a Magia de Harry Potter

Cehgámos a Fort William ainda sob o feitiço de Glencoe, e dirigimo-nos logo para a estação de combóios para apanhar o conhecido combóio a vapor dos filmes de Harry Potter: o Jacobite.

Assim que chegamos à estação pomo-nos na fila para trocar o nosso voucher por bilhetes e somos então informados que o combóio que queríamos apanhar partiu às 14:30, tal como estava escrito no voucher e que nós confundimos (não sabemos como). Bom aqui o nosso "feitiço" passou e deu lugar a um susto de termos perdido o Combóio a Vapor dos filmes. No entanto houve uma salavação: "por magia" estava a partir em 10 minutos um combóio normal que ia para Mallaig e que chegava lá mesmo a tempo de apanharmos o Jacobite de volta a Fort William.

Esta foi a nossa salvação ... e como que por magia, fomos a caminho do combóio de Harry Potter, pelo meio de um apaisagem linda, mas numa carruagem moderna.


18:00 A Vila Pescatória de Mallaig

Cerca de uma hora e 15 minutos depois da nossa partida de Fort William chegamos à pitoresca vila pescatória de Mallaig. Pequena, totalmente localizada à volta de um pequeno porto de pesca, com a Ilha de Skye no horizonte do mar, esta vila tem um charme muito próprio.

É com pena que não exploramos mais do que duas ruas à volta da estação de combóio, mas temos mesmo de voltar rapidamente, pois não queremos perder novamente o Jacobite.

Assim bebemos um café, visitamos uma loja, tiramos umas fotos e voltamos à estação de combóios.


19:30 O Jacobite

Depois de um embarque simples e rápido, é com estrondo que a velhinha locomotiva a vapor se põe em andamento, puxando as seis carruagens impecavelmente tratadas no seu exterior, mas nem tanto no seu interior.

Mas se o interior das carruagens pode decepcionar um pouco, o passeio em si, as paisagens, os lagos, as pontes de ferro, o famoso viaduto do vale de Glenfinan, são elementos que fazem desta uma viagem que não se vai esquecer. É um momento muito engraçado e que cria a atmosfera ideal para desfrutar de um chá inglês ... e é isso mesmo que fazemos.

Assim sendo pedimos um High Tea para cada um de nós, e suegem-nos umas caizas com tudo o que se pode ter direito num chá à inglesa: pequenas sandes de pastas de salmão, ovo e atum, doce e creme de natas frescas para pôr no scone, e fatias de bolos ... mais um chá por pessoa. Foi um momento divertido e que nos saciou a fome e nos divertiu durante parte do caminho.

Entre o High Tea, as fotografias e a conversa animada ... as duas horas de caminho passaram como que por magia!


22:30 Uma Noite no Meio do Nada

Depois de sairmos do combóio voltamos à estrada e rumamos até ao nosso hotel de hoje: o Cluanie Inn.

A meio caminho entre Fort William e a Ponte da Ilha de Skye, está uma terra sem ninguém, com grandes hoizontes, mas sem uma única casa habitada. É exatamente neste cenário, a quilómetros de uma casa habitada, que vamos pernoitar: no Cluanie Inn. Assim que chegamos pedimos algo para comer que seja quente e informam-nos que a cozinha fechou às 21:30, pelo que não podem servir nenhuma comida, mas quando pedimos uma soupa, rapidamente dizem que isso pode ser ... e assim foi. Largamos as malas no quarto e vamos para a sala de refeições onde nos espera então uma sopa de lentilhas com cenoura (deliciosa por sinal) e um sorriso do jovem empregado.

Este foi o momento gourmet do dia, conjuntamente com o High Tea do Jacobite Steam Train ... e com uma sandes de queijo que comprámos na loja de conveniência da estação de combóio. Mal alimentados, mas muito contentes, porque este foi o nosso primeiro dia nas Terras Altas, mas vimos cenários naturais avassaladores e tivemos um momento muito divertido com o combóio, não sem antes termos um imprevisto (tal como tem havido todos os dias)!

Para já ficamos por aqui, e amanhã voltaremos à estrada para visitar e coquistar (ou deixar-nos cnquistar) um dos locais que mais curiosidade temos de ver: a Ilha de Skye!

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