10:00 DESCANSO DE QUALIDADE
Quando escolhemos os hotéis para estas nossas viagens, é essencial a qualidade dos mesmos, porque numa viagem deste tipo (e por maioria de razão numa Volta ao Mundo) o descanso é pouco, por isso o conforto dos quartos (mais do que os serviços extra que o hotel presta) é a nossa principal preocupação.
Ora neste Klub Hotel de Banguecoque os quartos são verdadeiramente confortáveis: têm boas áreas, têm todas as comodidades para a nossa estadia e os quartos têm ainda uma parede de vidro com uma vista sobre as torres da zona nova da cidade, que torna qualquer acordar numa experiência bem agradável. Assim hoje aproveitámos o conforto do quarto até um pouco mais tarde e acordámos em grande estilo e relaxadamente.
Mas há mais vantagens quando se chega ao pequeno almoço. A estação de ovos e a estação de noodles são uma boa imagem do que oferece este hotel como primeira refeição do dia: um buffet de pequeno almoço que junta os sabores e gostos orientais (como caris, os legumes satai e outras iguarias) com os clássicos fiambres, cereais e marmeladas e doces dos pequenos almoços ocidentais.
Assim foi o nosso acordar de hoje ... e assim ficámos prontos para mais umas visitas à capital tailandesa!
13:30 O PALÁCIO REAL
É um dos edifícios mais icónicos da cidade de Bangcoque e um dos mais visitados pelos turistas o que foi o nosso destino desta manhã: o Palácio Real.
Com os seus edifícios monumentais, os seus templos espectaculares e o palácio real (que só se pode ver a fachada principal), este é um dos complexos edificados mais monumentais da cidade de Banguecoque. A riqueza da decoração dos edifícios, quer no seu exterior, quer no seu interior, é talvez o que mais impressiona, mas também a forma luxuosa e exótica da sua arquitectura surpreende e conquista-nos.
Mas há um outro tesouro escondido dentro deste complexo do palácio Real: o Museu da Rainha e do Têxtil. É que a Rainha Sirikit da Tailândia foi conhecida nos idos anos 1960s pela sua elegancia e beleza. Assim este museu tem na sua colecção os fatos e acessórios criados por Pierre Balmain, pessoalmente e especialmente para esta rainha, para a sua tournet mundial de 5 anos que levou a família real tailandesa a maus de 50 países no mundo.
Mas se a qualidade da colecção é digna de estar em qualquer dos melhores museus de moda do mundo, a sua forma de exposição talvez tão magnífica quanto as obras expostas. Aqui, se dúvidas ainda houvesse, elas são esclarecidas: a monarquia tailandesa é sofisticada desde há bastantes séculos (como comprovam estes edifícios), mas essa sofisticação estende-se até à actualidade.
Mesmo atrás do Wat Pho, junto aos cais de desembarque dos barcos que atravessam o rio, está escondida uma das gemas desta cidade ... e é aqui que nós escolhemos almoçar: no The 6Th.
Este café/restaurante, em estilo bistrô francês, mas assumidamente em versão tailandesa contemporânea, tem nos seus 16 lugares um dos elementos de selecção natural. é que além de ser muito pequeno mesmo,tem também muito poucos lugares sentados ... mas com muita sorte nós conseguimos ocupar metade da casa e assim deliciar-nos com o outro elemento de selecção natural: a cozinha tailandesa contemporânea.
Fundindo a street food, servida pelos pequenos locais na envolvente, com a sabedoria de um chef, aqui no The 6Th o que se prova é uma outra cozinha tailandesa, com raízes populares, mas intelectualizada e sofisticada por quem tem a mestria da alquimia dos sabores. Assim destacamos aqui os dois pratos que mais gostámos: o teriaki de frango com arroz e legumes ao vapor (que estava incrivelmente feito, pois o sabor do molho era mágico, a textura do frango estava no ponto e o arroz e os legumes tinham o ponto de cozedura perfeito e um sabor intenso); e o Tok Soi de leite de Coco e Frango (que é uma sopa de frango aromatiada com cove, bambu e gengibre, e acabada com um muito perfumado leite de coco, que a tornou ainda mais fenomenal.
No final terminámos com um coulin de chocolate digno dos mais gulosos, regado com um chutney de manga, de deixar qualquer foodie rendido ... e assim ficámos nós!
Não esquecendo que estamos nas docas, e que aqui se situa um dos mercados de iguarias populares da cidade, bem como de produtos tradicionais, dedicámos estes últimos momentos antes de rumarmos ao aeroporto a umas compras de produtos verdadeiramente tailandeses.
Com dezenas de lojas à disposição, que vendiam desde malas de couro com design de autor a peixe seco e iguarias cuja descrição não conseguimos aqui fazer, pois não identificámos o que era, esta é uma das zonas mais interessantes e eclécticas da cidade. Para os nossos olhos estrangeiros parece uma zona em profunda transformação, pois tem lojas e locais de comida extremamente sofisticados (como o The 6Th onde almoçámos), mas ainda tem os vendedores tradicionais de frutas e peixe (seco e salgado), indicando assim que se encontra num processo de modernização que funde o tradicional e o contemporâneo, mas que neste momento se encontra numa fase de equilíbrio entre estes dois mundos muito interessante.
É por aqui que se encontra a Siam Exotique. Esta loja tem uma colecção de produtos que vão desde os imans mais básicos para os frigoríficos, até aos trabalhos de vidro e cerâmica mais sofisticados e raros. É aqui que nos perdemos, por entre máscaras, os indispensáveis imans e bonecas étnicas ... tudo de grande qualidade e com um equilíbrio no preço assinalável e digno de nota.
Gostámos e fomos, por isso partilhamos e recomendamos ... claro!
Acabadas as compras, negociado o táxi para regressar ao hotel, passado algum tempo de trânsito, abertas as malas para encaixarmos todas as compras que fizemos nas respectivas malas, voltamos a meter-nos num transfer que marcámos no hotel para voltarmos para o Aeroporto de Banguecoque e assim partirmos rumo ao nosso próximo destino desta volta ao mundo.
Desta vez voamos em low cost: na Scoop. Depois da experiência da viagem na Ethiad (que aqui tanto elogiámos), agora podemos dizer que também a Scoop é digna de nota muito positiva. O primeiro percalço surge logo no check in, pois no sistema informático deles os nomes de alguns de nós estavam abreviados, e por questões de entrada no nosso próximo destino (a Austrália) os nomes do sistema da companhia têm de coincidir ipisi verbis com o que está em passaporte e o que está no visto. Mas se isto poderia ser um problema em qualquer low cost, aqui foi apenas o primeiro de uma série de serviços de qualidade que nos surpreenderam muito e pela positiva.
O problema foi prontamente e calmamente resolvido pelo chef de escala que se deslocou até ao check in e inseriu os nossos nomes correto no sistema da companhia, ultrapassando assim o problema. E como forma de compensar o atraso no check in do qual nós não tínhamos qualquer culpa, ofereceu-se para nos sentar a todos juntos nos dois voos que se seguiam (de Banguecoque para Singapura e de Singapura para Sidney) ... e assim o fez.
O segundo problema foi que, como nos demorámos um pouco mais porque ficámos a comprar alguns snacks para a viagem (pois ir numa low cost quer dizer que não há comida disponibilizada), tivemos de correr para o embarque ... mas no meio da correria um de nós deixou cair os cartões de embarque dos dois voos (com etiqueta das bagagens colada, obviamente) para uma ranhura entre as passadeiras rolantes, tornando-se virtualmente impossível de recupera-lo. Ora o mesmo chef de escala que estava à nossa espera a meio de uma das passadeiras rolantes seguintes e que nós alertámos do sucedido, contactou imediatamente a porta de embarque, que quando chegámos lá já tinha os novos cartões de embarque impressos (dos dois voos), bem como um papel da companhia com o tracking number da bagagem, para o caso de algo se passar com a mesma.
Esta eficiência foi impressionante e a Scoop continuou com esta nota positiva a bordo, pois a juventude da tripulação, o espaço por cadeira e a coolness do serviço foram uma constante ao longo de todo o voo.
Foi uma experiência muito boa esta de voar na Scoop entre Banguecoque e Singapura ... e que esperamos que continue no voo seguinte (pois este é que é maior e como tal o nosso cansaço vai ser maior e a nossa necessidade de um bom serviço de bordo vai crescer proporcionalmente).
Depois de um voo fantástico (que até chegou 20 minutos adiantado depois de partir 10 minutos atrasado, chegámos ao mítico aeroporto de Changi em Singapura.
Este é conhecido com o mais luxuoso aeroporto do mundo e um dos maiores do mundo, e confirma-se a sua fama. Este aeroporto é um edifício gigantesco, todo ele recheado das melhores marcas de tudo o que se possa imaginar (desde as melhores marcas de moda, às melhores marcas de eletrónica têm cá lojas próprias), mas também com lounges abertos a todos os passageiros para se poder descansar gratuitamente em chaise longs bem desenhadas, enquanto se carregam os telemóveis ou os lap tops, ou jardins de flores naturais para que todos os passageiros possam passear no meio deles e apreciar flores tão exótivas como orquídias, estrelícias e plantas carnívoras ... tudo natural e tudo ao acesso de todos. Tudo é pensado em função de uma experiência de aeroporto que marque por quem cá passa, e ao mesmo tempo faça com que se queira voltar a voar para ou voar por Changi.
Normalmente escolhem-se os voos pelos destinos ou pelo preço, mas quem queira ter em conta a comodidade, então, seja como destino seja como escala, Changi é um aeroporto que vale a pena escolher.
Por hoje ficamos por aqui, pois vamos apanhar um novo voo da Scoop que nos vai levar até Sidney (num voo que vai durar toda a noite, mas vai permitir que descansemos, se tudo correr como no anterior). Por isso, amanhã o nosso relato já começará num novo continente e num novo país. Até agora fizemos duas paragens na Europa - Roma e Atenas - e duas paragens na Ásia - Amman e Banguecoque - visitámos duas Maravilhas do Mundo - o Coliseu e Petra - e exercemos dois ideais - a Democracia e a Tolerância - e tivemos uma experiência - a provar cozinha Tailandesa - agora mudamos de continente e entramos na fase da Oceanía ... e a cidade que se segue é Sidney na Austrália ... dentro de poucas horas aí aterraremos.
Amanhã contaremos tudo aqui no blogue, claro!
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