O The Pitch Market Lisboa 2018, o principal evento do ano no Design nacional acabou este passado domingo, e nós, depois de tanto destaque e envolvimento, não poderíamos deixar de fazer um balanço.
O primeiro dos balanços é que a alteração de local do Terreiro do Paço para o Passeio Ribeirinho de Belém, mesmo ao lado do Padrão dos Descobrimentos, mudou bastante o ambiente do evento. Deixou de ser tão urbano, e passou a ter um ambiente mais relaxado, de feira profissional mas aberta ao público em geral, criando assim uma identidade própria, desligada da sua localização, e assumindo-se como o evento único e importante que é.
O segundo aspecto deste balanço da edição de 2018, é que, apesar dos contratempos na abertura e na construção das Pitch Stores, esta foi uma aposta ganha, pois as casas (apesar de não estarem perfeitas) revelaram-se um suporte arquitetónico digno e com personalidade própria, desmistificando o design e recriando-lhe uma aura acessível e próxima do público. Se os contentores foram uma pedrada no charco dos mercados urbanos em Portugal, também estas casas Pitch Stores o são agora, pois são despretensiosas, com áreas adequadas e muito fotogénicas, o que nesta era da fotografia digital e das redes sociais, é uma característica que as torna altamente bem conseguidas.
Outro aspecto de relevo desta edição foi o reencontro que se tornou possível neste evento com marcas de grande qualidade como sejam a divertida So So Store (de brinquedos de criança), a única ilustradora Dai, o mais tradicional Atelier do Burel, a incrível Projeto Tasa ou a mais tecnológica, mas um absoluto sucesso de vendas, e uma das melhores marcas de design nacional Egg Electronics. Estas marcas estão desaparecidas no nosso radar ao longo do ano, e é aqui que dão a conhecer ao mundo do design para Casa e Decoração, uma vez por ano as suas novidades. É bom reve-las neste evento anualmente e conseguir perceber a consistência do seu trabalho.
Mas se há reencontros há também regressos que são de saudar, como são os do Designer Hugo Ribeiro, que depois de ter participado na edição de 2015, agora voltou com uma gama de candeeiros e de objetos bem mais forte e madura. Mas também o regresso da Cria Design é um dos nossos pontos positivos deste balanço. São dois regressos ao The Pitch Market que saudamos e que são importantes de aplaudir publicamente ... aplaudir o evento e essencialmente os designers e as marcas por escolherem voltar a este ambiente descontraído, mas de qualidade, para viver e conviver com o design português.
Por último, este balanço não poderia deixar de focar a exposição Electro Domésticos Revolucionários, que trouxe para a ribalta e para junto do grande público uma coleção privada que estava escondida e é merecedora de estar em qualquer museu do design a nível mundial. Foi uma iniciativa única e cheia de coragem e que trouxe a exposição do The Pitch Market paa outro nível. Digna de um evento de design de dimensão nacional e internacional.
Estes são os cinco pontos que ressaltam como positivos desta edição, que mais uma vez afirmou-se como uma edição de qualidade e de um evento que merece um aplauso generalizado dos profissionais do design, da decoração, da arquitectura de interiores e do público em geral. É difícil fazer um evento com este grau de inovação e de ousadia, e este é nacional e dá-nos muito orgulho vê-lo crescer e amadurecer!
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