A DESPEDIDA DE PINHEIROS
O segundo dia de São Paulo foi intenso, recheado e diverso, que nos fez ainda mais apaixonar por esta metrópole, e acordar pela última vez na nossa Casa de Pinheiros, fez-nos ainda mais ter a certeza, que esta é uma cidade onde se vive muito bem e a qualidade é uma exigência do dia a dia.
Depois de refazermos as nossas malas, rumamos à cozinha, escolhemos o nosso café da manhã caseiro e instalamo-nos no páteo interno da casa. Deleitamo-nos com esta tranquilidade da Urban Guest House, pela última vez, e preparamo-nos para umas últimas horas frenéticas, nesta metrópole brasileira.
Fazemos o check out, chamamos o Uber rumamos ao maior ícone da cidade: a Avenida Paulista
A AVENIDA PAULISTA
A mítica avenida de São Paulo, aos domingos, encontra-se fechada ao trânsito automóvel. Só assim nos foi possível perceber a beleza única que esta artéria icónica tem.
Ladeada por torres de escritórios, a avenida tem um equilíbrio entre arquitetura moderna, arquitetura de betão, jardins e arvores frondosas e torres de telecomunicações, indescritível e que a transformam numa avenida bela.
Tem boas obras de arquitetura, nestes domingos pedonais, transforma-se num meeting point de artistas de rua que lhe transformam o ambiente de executivo e financeiro para ecléctico e curioso, mas são as pessoas e o ambiente sofisticado, mas relaxado que se vive, que realmente a transformam numa das mais cosmopolistas avenidas do mundo.
É sem dúvida um dos momentos mais marcantes desta passagem por São Paulo, e merece toda a fama que tem, como destino turistico em Sampa.
O MASP
Ora se estamos na Avenida Paulista, é inevitável uma visita ao seu expoente máximo: o Museu de Arte de São Paulo.
O icónico edifício, desenhado pela genial arquiteta modernista brasileira Lina Bo Bardi, é de uma espetacularidade e de uma simplididade arquitetónica deslumbrantes.
Depois de mais uma hora de fila, entramos e deparamo-nos com uma exposição de arte permanente desenhada pela própria arquiteta, e que nos deixa absolutamente rendidos à sua beleza minimal. Todos os quadros e esculturas flutuam no ar, numa única nave, em cavaletes de vidro elegantes e subtis. A exposição permanente do MASP é um autêntico exercício de bom gosto, e de design modernista minimal, que cia uma comunhão das obras de arte com o edifício sublime e entusiasmante, difícil de esquecer.
É um dos locais de passagem obrigatória em São Paulo. Assim dizem os roteiros e assim reiteramos nós!
OS PASTEIS DO KYOTO E A JAPAN HOUSE
Um dos petiscos mais populares de São Paulo são os famosos pastéis ... e é em plena Avenida Paulista que está o melhor Pastel da Cidade: no Quiosque dos Pastéis Kyoto.
Com uma dimensão generosa, esta street food é autêntica e genuina e é o encerramento perfeito para a viagem gastronómica que fizemos por São Paulo ... mas não foi o ponto final da nossa visita à cidade.
Mesmo ao lado destes Pastéis divinos, está a Japan House de São Paulo. Aqui toda a qualidade da arquitetura e da arte e tradições do "país do sol nascente", deslumbra todos os que lá vão. Aqui sim decidimos encerrar a nossa visita a São Paulo, chamando um Uber para nos levar ao hotel, para apanharmos as malas e seguirmos para o aeroporto para rumarmos ao nosso próximo trilho de Vera Cruz.
O PRIMEIRO VOO INTERNO ... E O PRIMEIRO PERCALÇO
Depois de uma viagem de mais de 1h no trânsito (e sendo fim-de-semana de páscoa, a cidade estava vazia, segundo nos disseram todos), chegamos ao terminal 2 do aeroporto de Guarulhos.
Seguimos para o Check In eletrónico da GOL, vamos para as filas das máquinas, chega a nossa vez, e tentamos fazer o check in sem sucesso. Aqui uma assistente de terra informa-nos que essa máquina está a dar erro, mudamos de máquina e esperamos na fila ... e quando chega a nossa vez, dá um erro, pois temos de comprar as malas adicionais ao nosso bilhete, e isso afinal as máquinas não estão a permitir (informa-nos a mesma assistente, que apesar de nos ver com três malões gigantescos só nos diz isso agora). Vamos para a fila do balcão de assistência para irmos pagar as malas (conforme nos indicou) e quando chega a nossa vez, por termos cartões de crédito internacionais (e não brasileiros) informam-nos que afinal temos de ir pagar as malas adicionais à loja da companhia. Já meio irritados, acedemos e atravessamos o terminal e vamos até à loja, onde fazemos fila outra vez e pagamos as malas. Pedimos os cartões de embrarque, mas a funcionária informa-nos, que agora sim temos de ir para as máquinas de check in para fazermos o check in. Mais uma fila, mais uma máquina estragada, e mais uma tentativa numa máquina que afinal funciona, mas que diz que não nos pode designar lugar. Já exasperados com a situaçãoq que dura demasiado tempo, vamos diretos ao balcão de assistência das máquinas que nos informa que também não consegue resolver a questão, mas que o melhor é irmos ao drop off das malas e pedir à assistente que lá está no balcão de check in para nos forçar o check in. Assim o fazemos e dirigimo-nos rapidamente para a segurança e finalmente para a porta de embarque. Faltam apenas 30 minutos para a partida do avião e corremos para a porta de embarque ... que quando lá chegamos se encontra fechada ... e nós ficamos em terra.
Com a inoperacionalidade brasileira no seu auge nesta companhia GOL, perdemos o primeiro voo interno, pois apesar de termos chegado 1h e 25min antes da hora do voo, todo o tempo foi desperdiçado em incompetência e falhas das assistentes de terra da companhia e erros nas máqionas de check in da companhia. Nenhum destes argumentos foi válido para a mesma assistente que nos vendeu as malas para os nossos bilhetes de avião, e assim tivemos de pagar uma taxa de reemissão de bilhetes para podermos ir no voo das 20:50, que consequentemente parte com mais de 30 minutos de atraso, sem qualquer explicação aos passageiros e sem qualquer pedido de desculpas.
Infelizmente o nosso primeiro voo interno foi com a GOL e foi assim que tivemos o primeiro precalço da nossa viagem. mas embarcámos e voámos do trilho de São Paulo para um novo estado e um novo ícone do Brasil contemporâneo: o Mato Grosso e o Pantanal.
A CHEGADA NOCTURNA AO MATO GROSSO
Depois de cerca de duas horas de voo, chegamos ao aeroporto da capital do estado de Mato Grosso: Cuiabá.
à nossa espera está o Nelson, que simpaticamente nos aguarda com um sorriso aberto e nos explica que vamos viajar praticamente durante mais duas horas por estrada até ao nosso destino final: a Fazenda Araras, em pleno Pantanal.
Depois de sairmos da zona urbana, o escuro é total, e a nossa viagem pela transpantaneira é dominada pelo cansaço e pelo negro de uma paisagem que não se revela aos viajantes ncturnos desta estrada icónica do Brasil contemporâneo.
É assim que chegamos ao nosso destino final de hoje, e já depois da meia noite, vamos dormir, porque amanhã o cenário muda e da "Selva de Pedra" de São Paulo, passaremos à paisagem pantanosa e verde do famoso e misterioso e icónico Pantanal.
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