ESCAPADELA A BUDAPESTE | EM DIRETO - DIA 1


Este ano, prometemos trazer aqui várias viagens, e estamos a cumprir. Para quem nos acompanha via Instagram e Facebook, sabe que estivemos em Budapeste e partilhámos lá algumas imagens da nossa viagem a cores e em direto. Mas como sempre, se a viagem é boa, nós trazemos aqui. Assim cá estamos nós com este fim-de-semana dedicado à nossa escapadela até Budapeste.

Assim começamos com a companhia que escolhemos: a TAP. Com voos diários entre Lisboa e Budapeste, estes permitem sair de cá na sexta-feira depois do trabalho (pois partem já sábado, mas pouco depois da meia noite) e chegar a Budapeste ainda de madrugada, mesmo prontos para ir dormir. Para quem consegue dormir em aviões (que com tantas viagens que fazemos, é o nosso caso), as 3h35m de voo são aproveitadas para uma ceia, e para começar logo a descansar.




Mas à chegada a Budapeste há logo o primeiro desafio: como sair do aeroporto? Em horário normal já não é algo fácil, pois o metro e os combóios não chegam ao aeroporto, ficando apenas os táxis e os autocarros como opção. Em horário de madrugada, ainda fica tudo mais difícil. Assim o nosso conselho é apanhar o autocarro 100 E, pois é rápido até ao centro da cidade, tem três paragens em Peste (uma das quais a um quarteirão do alojamento que ficámos) e é barato, pois tem um bilhete de 3 euros.

Ao fim de 25min de caminho chegamos finalmente a Kálvin tér, e com pouco mais de uns minutos de caminho, chegamos ao nosso hostel: o Flow Hostel. Sim é um hostel, com camaratas, casas de banho, cozinhas e salas comuns, mas também tem quartos com casa de banho privativa, que foram a nossa escolha. Este hostel foi a nossa opção de alojamento porque é barato, tem um ambiente muito cool e uma decoração interior verdadeiramente bem conseguida, com design e muito bom gosto. Se as fotos prometiam isso, a realidade foi ainda melhor, pois a sua localização, a simpatia do staff e a tranquilidade do piso superior (onde ficam os quartos com casa de banho privativa) garantiram que este fosse o alojamento ideal para esta escapadela à capital húngara.


Comecemos por uma explicação da cidade útil para todos os visitantes: Budapeste é a conjugação de duas antigas cidades - Buda e Peste. Cada uma delas situa-se de um dos lados do mítico rio Danúbio e têm perfis turísticos e monumentais completamente diferente. Se é verdade que é em Buda que está o famoso bairro do castelo (classificado como Património Universal pela UNESCO), o Museu Nacional Húngaro e o icónico Bastião dos Pescadores, é no lado de Peste que está toda a vida cosmopolita da cidade, bem como edifícios tão icónicos como o Parlamento Nacional, a Ópera ou a Basílica de Santo Estevão.

Mas comecemos pelo programa que fizemos ... pois o que interessa é mesmo a cidade! No primeiro dia, depois de dormir um pouco até mais tarde, saímos do Hostel e fomos a pé até ao central e muito chique Café Gerbaud. Este caminho foi feito a pé pela muito movimentada Váci Utca. Esta rua é o centro comercial de Peste antiga, onde estão as grandes marcas de fast fashion internacionais (como a H&M, Zara ou Benetton) e que é totalmente pedonal. Aqui nesta rua há muitas lojas para visitar, mas como acordámos tarde (devido à nossa de chegada tardia, dormimos até um pouco mais tarde), e estávamos cheios de fome, fomos diretamente para o Café.


Neste café deparámo-nos pela primeira vez com o fausto e o requinte dos cafés de Budapeste. A casa tem um interior do princípio do século XX com lustres, tetos em abóbadas ogivais e paredes em madeira trabalhada e espelhos, mas é no balcão dos doces que esta o maior espectáculo. Os bolos deste café são absolutamente deslumbrantes visualmente e arrebatadores gastronomicamente. Foi esta a razão porque escolhemos este café para a nossa primeira refeição na cidade, porque aqui a qualidade dos bolos é tão boa, que se tornaram autênticas jóias, mas feitas de chocolate, açúcar ou fruta.  Esta é uma verdadeira doçaria de luxo e portanto torna-se um dos verdadeiros must taste da cidade. Até porque a qualidade do sabor é maior ainda do que a qualidade do aspecto, por isso é mesmo imperdível. Não sendo um local barato para um Brunch (que foi o que fizemos, pois comemos salgado e doce) vale todos os florins que pagamos.

Mas logo a seguir tivemos de nos despachar, pois a 15 minutos de caminho estava o nosso próximo destino: o Parlamento Húngaro. Este edifício é o maior monumento da cidade, o edifício mais alto da capital (a par com a Basílica de Santo Estevão) e a sua imponência exterior é ainda mais esmagadora do que se possa pensar. As fachadas ricamente trabalhadas, os detalhes desse trabalho de pedra e madeira, os vitrais e, essencialmente, a sua escala, são deslumbrantes e magnéticos ao nosso olhar. Ficamos esmagados com tal monumento e percebemos porque é que este é um símbolo da cidade e do país ... é porque é assim de belo e de grandioso!



Mas como tínhamos a visita marcada (sim aqui a visita ao interior tem de ser com visitas guiadas e convém marcar com bastante antecedência, pois esgotam muito rapidamente), apressamos-nos a ir até ao centro de visitantes onde toda a visita começa à hora cronometricamente marcada. E quando entramos e subimos a escadaria dourada ficamos absolutamente conquistados com o fausto e a riqueza dos seus interiores também. Segue-se uma hora de visita por corredores de poder, onde se visita uma das câmaras do parlamento (a que está actualmente desactivada), as monumentais escadarias de protocolo e a muito simbólica sala da coroa (que se situa por baixo da gigantesca cúpula central do edifício.

É uma visita absolutamente única e imperdível. Percebe-se que aqui foi construída uma sede de poder de um dos impérios europeus mais poderosos na época da sua construção (o Império Austro-Húngaro) e que este edifício é considerado o segundo maior parlamento da Europa. É uma visita que é o início perfeito de uma visita a esta impressionante e surpreendente cidade, pois combina surpresa com história, passado e presente, beleza e monumentalidade.



Conquistados, saímos e vamos a pé até ao nosso próximo ponto de visita: a Basílica de Santo Estevão. Esta Basílica é impressionante também pela sua escala e o seu interior é tudo o que se pode esperar de uma igreja neoclássica: decorado de forma clássica, profusa e recheado de momentos de beleza sublime e avassaladora. Mas o dia ainda vai a meio e portanto seguimos o nosso percurso para também muito próxima Ponte das Correntes.

Aqui passamos pela primeira vez de Peste para Buda e cruzamos pela primeira vez o Danúbio. Esta secular ponte foi, na altura da sua construção, a maior ponte suspensa do mundo, e ainda hoje impressiona pela beleza do seu projeto e pela dimensão desta construção. Desde os leões que a guardam, até às icónicas correntes, passando pelos candeeiros neoclássicos, todos os detalhes desta travessia são de uma beleza inquestionável. E é com este passeio impressionante que chegamos a Buda.



Buda é o lado mais histórico e antigo da cidade, e tem na colina do castelo a sua principal atração. Aqui, porque a colina é bastante alta, optamos por subi-la pelo seu secular funicular. É um passeio barato, num dos mais antigos elevadores da europa ainda em funcionamento (pois abriu ainda no século XIX) e permite uma vista sobre Peste e o danúbio e a famosa Ponte das Correntes, digna de um verdadeiro postal ... só que desta vez vivo!

Lá em cima recomendamos vivamente uma visita aos museus nacionais (que fecham às 17h, por isso tenham atenção às horas de entrada) e um passeio pelas pitorescas e belas ruas do histórico e classificado bairro do castelo de Buda. Pelo meio do passeio há pontos inpossíveis de falhar como a Igreja de São Matias e o Bastião dos Pescadores. Sugerimos também uma paragem no quiosque Bástya Terasz, numa zona bem mais tranquila e sem a confusão das escursões turísticas. É o local perfeito para uma bebida de sunset, antes de regressarem ao Hostel.



E depois de MUITOS quilómetros andados, descemos até ao rio (saímos do bairro do castelo pela Porta de Vienna), e percorremos a margem de Buda em frente ao espetacular parlamento nacional, atravessando para Peste na Ponte das Correntes e mais uma vez percorremos a movimentada Váci Utca de volta para o nosso quarto para tomarmos banho e nos arranjarmos para o jantar. Mas neste percurso não resistimos a parar e entrar numa das lojas mais magnéticas da rua: a Goda Crystal Manufactory Shop.

Aqui dentro existe um mágico, deslumbrante e encantado mundo de cristais e produtos típicos húngaros: desde as mais elegantes (e caras) garrafas de cristal húngaro, até pequenos imans de madeira e cerâmica para o frigorífico. Mas se estão a pensar que esta é uma simples loja de souvenirs, desenganem-se, pois esta é uma das mais conceituadas lojas de produtos artesanais húngaros de toda a cidade de Budapeste. Sim aqui os souvenirs são autênticas obras de arte, são de grande qualidade ... e do preço correspondente!



Mas depois de umas pequenas compras e de uma hora de descanso no Hostel, anrranjamo-nos e voltamos a sair. Desta vez chamamos um Taxify (pois nesta cidade não há Uber, mas há taxify, pelo que é uma questão de instalar a app e tudo fica muito mais fácil e prático) e vamos até ao nosso restaurante desta noite: o Fricska Gastropub. Este restaurante, não tendo estrelas michelin, é uma das instituições gastronómicas mais respeitadas na cidade. É aqui que aproveitamos para provar o famoso e fabuloso goulash húngaro, seguimos para um porco com legumes e mostarda divino e encerramos com um souflé de chocolate perfeito.

Sim este primeiro dia foi longo, intenso e dedicado ao Budapeste monumental e tradicional, mas amanhã será outro dia, e outra cidade que vamos visitar, mais cosmopolita, mais cultural e mais incrível e surpreendente. Se até agora andámos pelos top tradicionais, amanhã iremos passar por outra cidade mais moderna, contemporânea e cool ... não percam estas nossas sugestões!



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