O dia começou com um despertar bem cedo, ou não tivéssemos nós 1ase 2.000 km para percorrer neste último dia da nossa viagem. Sim este é o dia de maior quilometragem de toda a viagem, por isso foi mesmo antes das 8 da manhã que saímos do Ibis Euromed Marselha Centro. Fazemo-nos à estrada, mas antes de deixarmos França, ainda temos uma última visita agendada: O Palácio dos Papas em Avignon.
Este incrível monumento tem uma arquitetura tão imponente quanto o seu papel histórico o demandou. Tendo sido o primeiro palácio papal, este palácio é uma verdadeira fortaleza recheada de histórias para contar e com uma arquitetura verdadeiramente imponente. No entanto não é só a sua escala que impressiona. No final da visita, os frescos dos apartamentos papais e da capela papal são umas verdadeiras obras de arte sublimes e de uma beleza absolutamente inquestionável. Demorámos parte da manhã aqui ... mais do que esperávamos, mas valeu a pena, pois este monumento é uma visita obrigatória para quem vai ao Sul de França.
Depois de sairmos do Palácio dos Papas voltamos à estrada, e então começa realmente a nossa grande jornada de hoje. A nossa primeira paragem é em Barcelona, para podermos almoçar, esticar as pernas e continuar esta saga gastronómica que nos tem conduzido pelo meio de paisagens e sabores absolutamente memoráveis.
O local escolhido para esta nossa paragem gastronómica é o muito clássico 7 Portes. Já aqui viemos numa das nossas viagens passadas, e voltámos porque foi tão inesquecível, que, tendo a oportunidade, não quisemos perdê-la. À entrada de Barceloneta, mesmo no final da Via Laetana, está este templo das paellas catalãs. Assim é com prazer e muita gula que demoramos algum tempo a degustar um arroz negro e uma paella tradicional de frango. Se este é um restaurante clássico "de toda la vida" (como dizem os "nuestros hermanos"), podemos dizer que o tempo não o estragou ... só o apurou. O serviço foi impecável, a comida divina e o preço, absolutamente correto. Gostamos, recomendamos e voltamos ... só ainda não sabemos é quando ...
Mas depois de almoço foi tempo de voltar à estrada e fazer mais umas centenas de quilómetros até à próxima paragem. Também ela gastronómica e também ela numa cidade conhecida pela sua gastronomia: Madrid e as suas Tapas.
Na realidade demorámos um pouco mais de tempo do que estávamos à espera, por isso o local onde queríamos ir jantar já estava a fechar à hora que chegámos, e portanto houve que improvisar. Assim sendo dirigimo-nos ao sempre animado bairro de Chueca e escolhemos À clássica Taberna El Buo. Aqui, desde os idos anos 1970s (quando Chueca ainda não era conhecida, nem era sequer um bairro bem frequentado), servem-se tapas madrilenas, no melhor estilo taberneiro: empregados muito simpáticos, doses servidas em abundância e preço muito (mas mesmo muito) acessível. A qualidade da comida, podem vocês estar a pensar que não é grande coisa ... pois desenganem-se, pois esta verdadeira instituição de uma Chueca já desaparecida, não está no mesmo sítio há quase meio século pela sua decoração ... está pela sua cozinha! Tapas excepcionais, deliciosas, ultra tradicionais e que, dado o adiantado da hora (e o estado ensopado em que estávamos, pois caiu uma bátega de água absolutamente tropical, quando saímos do carro em direção à taberna) foram a melhor experiência gastronómica madrilena que poderíamos ter tido - autêntica, generosa e muito boa!
Estávamos prontos para as centenas de quilómetros finais deste nosso infindável dia de carro, que nos trouxeram a Lisboa e que encerraram verdadeiramente esta viagem que foi verdadeiramente inesquecível. Foi uma viagem que poderia ter sido menos fantástica do que as nossas anteriores, mas não foi ... até nós ficámos surpresos com a qualidade das experiências, comidas e monumentos que vivemos, degustámos e visitámos. Esta foi mais uma viagem absolutamente incrível que fizemos e que tivemos o prazer de partilhar com toos vocês!
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