04:35 MADRUGAR PARA O PRIMEIRO VOO DO DIA
Eram pouco depois das 4 da manhã quando deixámos a nossa casa micaelense e, de malas aviadas, rumamos até ao aeroporto de Ponta Delgada para apanharmos o primeiro voo do dia.
Aqui tudo está bem controlado, pois apesar dos poucos casos que existem na região dos Açores, as autoridades tomaram todas as medidas para se poder viajar em segurança. As máscaras são um item obrigatório quer no aeroporto, quer nos aviões, o distanciamento social entre passageiros é cumprido quase à risca, e os cuidados de desinfeção notam-se em todos os detalhes.
É por isso que nos sentimos seguros a viajar para os Açores, e mais ainda quando o comissário que nos faz o check in nos informa que, apesar de os três voos deste nosso longo dia não serem das mesmas companhias (aliás são de companhias diferentes), por razões de segurança para evitar contactos desnecessários dos passageiros com outros passageiros ou com outros funcionários, é possível fazer-nos o check in das malas desde ponta delgada até ao nosso destino final do dia: Santorini.
22:00 UM DIA ENTRE AVIÕES E AEROPORTOS E UM FINAL QUE NEM QUERÍAMOS ACREDITAR
O dia foi longo e passado entre aeroportos e aviões, sendo que foi portanto um dia passado literalmente de máscara posta. Até aqui já sabíamos que ia ser assim, quando comprámos os bilhetes de avião, mas o que não sabíamos era o que iríamos encontrar nos aeroportos internacionais por onde passámos.
Se nos aeroportos portugueses por onde passámos (Ponta Delgada e Lisboa), e no avião português (TAP no voo Ponta Delgada/Lisboa), todas as normas foram literalmente cumpridas (com algumas excepções de alguns passageiros estrangeiros, que sempre que podiam puxavam a máscara para baixo do nariz, esperando que ninguém notasse), nos aeroportos internacionais e nas companhias estrangeiras, o caso muda literalmente de figura.
O nosso percurso de hoje levou-nos de Lisboa a Zurique, num mega avião da Swiss Air, e daqui para Thira em Santorini, na Edelweiss Airways. E pasme-se que no aeroporto de Zurique não é obrigatório o uso de máscara, mas sim apenas recomendado caso não seja possível manter a distância social, e no aeroporto de Thira, até os guardas estão sem máscara, tendo umas viseiras na cabeça, mas àquela hora já estavam puxadas para cima.
Já nos aviões quer da Swiss Air, quer da Edelweiss, a máscara supostamente seria obrigatória, mas a quantidade de pessoas dentro do avião que tiraram a máscara ao sentarem-se foi assustadora... e nem uma palavra dos tripulantes de cabine, que passaram e falaram com essas pessoas sobre outras coisas (como perguntar que bebidas queriam tomar) e nem lhes chamaram a atenção!
Se até agora tínhamos sentido segurança ao viajar pelos Açores, hoje ao sairmos de Portugal, percebemos o desgoverno e a anarquia que se passa na aviação internacional. Mas o melhor estava guardado para o final, com a chegada à Grécia e a Santorini e os tais testes aleatórios supostamente determinados por um QRCode recebido via email, se torna numa autêntica anedota de mau gosto.
Ao chegarmos somos encaminhados todos os passageiros para uma fila (pelos tais polícias com as viseiras para cima), cujo distanciamento social era inexistente, nem mesmo todas as pessoas tinham máscara posta, para chegarmos ao final da fila e termos dois funcionários do aeroporto a olharem para o QRCode e dizerem a olho nu se uma pessoa fazia teste ou não. Sem leitor de QRCode, nem nada... literalmente olhando para a pessoa e para o QRCode. A anedota foi tal que nem verificavam se a identificação da pessoa a quem foi atribuído esse email era a da própria pessoa que o mostrava ... nada batia certo. Melhor foi que quando um do grupo era mandado para fazer o teste, todos o faziam (apesar de ser supostamente aleatório, e nenhum do nosso grupo ter atestado que ia em grupo, ou sequer ter preenchido o questionário ao mesmo tempo).
Para corolário de tudo, seguimos então para uma mesa, onde estão dois funcionários de bata, viseira e máscara (como mandam as regras), pedem-nos o nosso nome (sem verificar as nossas identificações ou QRCodes) escrevem num aparelho e scanerizam um código de barras das zaragatoas que nos vão ser atribuídas para fazer o teste, mandam-nos passar para trás de um biombo, onde outro funcionário nos esfrega a zaragatoa na lateral da nossa boca?!?!?! sim nem gengivas, nem amígdalas, nem nariz, nem nada ... apenas recolha de um pouco de saliva. Perante o nosso espanto mandam-nos embora sem qualquer instrução ou recomendação de procedimento! É assim que fazemos o controlo de COVID19 à entrada na Grécia, e é assim que chegamos a Santorini!
23:30 A NOSSA CASA EM MEGALOCHORI
Tal como já referimos anteriormente, nesta viagem, e como medida de salvaguarda perante os problemas de pandemia que existem em todo o mundo, decidimos que tentaríamos sempre não estar alojados em hotéis, e aqui em Santorini, fizemos um Airbnb de uma casa em Megalochori.
É assim que, depois de conseguirmos perceber que o homem da rent-a-car, que era suposto estar à nossa espera na saída do aeroporto, e que afinal estava sentado num café (e disse para irmos lá ter para nos dar o carro...), nos ter dado o carro de aluguer, e termos ido até à povoação onde se encontrava a casa, nos encontrámos com o Costas e a Magda, que são os donos da absolutamente maravilhosa casa que arrendámos para estes dias neste paraíso grego.
A casa é perfeita, mas dela mostraremos mais nos dias que se vão seguir, porque hoje, o dia foi longo e estamos extremamente cansados, pelo que fizemos só uma rápida refeição leve e fomos dormir ... porque amanhã o cenário muda radicalmente e da atlântica e verde Açores, passamos à fase dois desta viagem na mediterrânica e seca Santorini!
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